As civilizações pré-colombianas
O processo de descoberta do continente americano
representou para os europeus o contato com um mosaico de culturas bastante
peculiar. Mais do que se encantaram com o passível exotismo dos nativos, as tripulações
do Velho Mundo deram de frente com civilizações complexas. Muitas dessas
sociedades conheciam a escrita, desenvolveram sistemas matemáticos, possuíam
calendários de enorme precisão e construíram centros urbanos mais amplos que as
cidades da Espanha.
Por volta do século VII, a Cordilheira dos Andes
foi palco do desenvolvimento das civilizações chimu, tiahuanaco e huari. Quase
quinhentos anos depois, a reunião desses povos que ocupavam a região seria
correspondente ao vasto Império Inca, administrado na cidade de Cuzco. Antes da
chegada dos espanhóis, os incas formaram um Estado de caráter expansionista,
que alcançou regiões que iam do Equador até o Chile, e abrigava cerca de seis
milhões de pessoas.
Na porção central do continente americano, olmecas,
toltecas, teotihuacanos, astecas e maias formaram sociedades distintas. Os
maias, entre os séculos III e XI, estabeleceram um complexo de cidades-Estado
que funcionavam de forma autônoma graças a um eficiente sistema de servidão
coletiva. Segundo informações, a civilização maia teria congregado mais de dois
milhões de habitantes. Quando chegaram à América, os espanhóis encontraram boa
parte desses centros urbanos abandonados.
A mais vistosa civilização mesoamericana foi
constituída pelos astecas, que conseguiram formar um império que ia do sul da
Guatemala, até a porção oeste do México. A capital Tenochtitlán abrangia uma
área de treze quilômetros quadrados e congregava uma população composta por
centenas de milhares de habitantes. As populações vizinhas eram obrigadas a
pagar vários impostos que garantiam a hegemonia asteca.
Cada aldeia asteca era integrada por diversas
famílias, que utilizavam as terras férteis de forma coletiva. Uma parcela
considerável da produção agrícola dos aldeões era destinada ao Estado, que
distribuía o alimento recolhido para os funcionários públicos, os sacerdotes,
militares e a família do imperador. Do ponto de vista político, possuíam uma
monarquia centralizada nas mãos do Tlacatecuhtli, responsável pela condução da
política externa e dos exércitos.
Em termos gerais, percebemos que o continente
americano contava com uma ampla diversidade de culturas que se desenvolveram de
forma própria. Contrariando o ideal eurocêntrico do Velho Mundo, as populações
pré-colombianas estabeleceram relações sociais complexas, criaram suas próprias
instituições políticas e engendraram os seus saberes.
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/as-civilizacoes-precolombianas.htm
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