FILOSOFIA MODERNA

FILOSOFIA MODERNA

A Filosofia Moderna é uma corrente ideológica que surgiu no século XV e prevaleceu até o século XVIII, marcando uma mudança de pensamento medieval - que até então era voltado à fé cristã - para a reflexão em torno do conhecimento humano e valorização da razão.

O início do pensamento moderno se deu com os filósofos René Descartes e Galileu Galilei, deixando para trás as ideias aristotélicas e abrindo caminhos para a possibilidade de explicações pautadas na ciência. Diante desse contexto, o final da Idade Média trouxe consigo muitas descobertas científicas e também grandes transformações culturais na Europa, provocando intensa repercussão no meio artístico e em outros campos do saber.

Nesse momento, apesar de muitas características clássicas do período medieval terem sido preservadas, surgiram novos paradigmas, como, por exemplo, a ideia do homem como centro do universo - antropocentrismo. Assim, pode-se dizer que as novas formas de pensar desenvolvidas a partir do Renascimento e difundidas pelo Humanismo colaboraram então para a consolidação do período conhecido como Filosofia Moderna.

A Filosofia Moderna destacou-se por diversas características e escolas e, por isso, foi organizada a partir de correntes filosóficas que abordaram temas de mais destaque na época, como o Racionalismo e o Empirismo.

A primeira corrente ganhou força a partir dos ideais difundidos pelos filósofos René Descartes e Gottfried Wilhelm Leibniz. Para os racionalistas, o conhecimento verdadeiro era aquele obtido a partir da racionalidade, devendo eliminar tudo que se aprende a partir das experiências.

Já a segunda corrente filosófica defendia uma ideia contrária ao racionalismo, seguindo a concepção de que a experiência prática era a chave para a construção do conhecimento. Quanto mais intensa e rica fosse essa vivência, maior e mais profundo seria esse aprendizado. Os filósofos que impulsionaram essa corrente foram Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.

Vale destacar que durante a modernidade essa discussão entre racionalistas e empiristas contribuiu para que surgisse uma busca pela verdade absoluta e final. E alinhado com o dogmatismo está o ceticismo que, para estudiosos, é uma das características relevantes da Filosofia Moderna, pois entre os filósofos do período questionavam-se tudo que lhes eram apresentados.

Principais filósofos

René Descartes (1596-1650) – é o filósofo que mais cai no ENEM. Conhecido pela frase “penso, logo existo”, o pensador era cético quanto aos sentidos e valorizava o conhecimento dominado pela razão. Foi criador do método cartesiano, o qual seguia as regras da evidência, análise, ordem e enumeração. Descartes é considerado o “pai da filosofia moderna” e faz parte da corrente racionalista.

Thomas Hobbes (1588-1679) – empirista, defendia a ideia de que não existia representação mental e entendimento sem a prévia experiência. Era defensor da monarquia e acreditava que o ser humano era inclinado para o mal e, por isso, precisava de uma intervenção forte, aplicada por leis. Criador da frase “ o homem é o lobo do homem”, tinha em mente que o ser humano nutria uma necessidade de se livrar desse estado natural para então se relacionar socialmente.

John Locke (1632-1704) – considerado um dos filósofos mais influentes da modernidade, John Locke defendia o empirismo e a liberdade individual, tornando-se precursor de muitas ideias apresentadas no Iluminismo francês no século XVII.

David Hume (1711-1776) – tinha fortes argumentos céticos, o que causou grande repercussão na época. Chegou a ser acusado de heresia pela Igreja Católica e foi um grande crítico do racionalismo. Para ele, o conhecimento estava relacionado às impressões sensoriais, como a visão, o tato, a audição, olfato e o paladar, e as ideias que surgem na consciência.

Jean Jacques Rousseau (1712-1778) – considerado um dos mais renomados pensadores do Iluminismo, Rousseau tinha uma tese de que o ser humano viveria melhor em seu estado natural, em liberdade. Era contrário aos ideais de Hobes e acreditava que as leis, o governo e a moral instituída na sociedade corrompia o homem.

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