CORÉIA DO NORTE

CORÉIA DO NORTE

A península da Coreia é um bloco de terra que se projeta da Ásia oriental pelo oceano Pacífico. A República Democrática Popular da Coreia, que chamamos de Coreia do Norte, situa-se na metade norte da península. A Coreia do Sul ocupa a metade sul. Os povos da Coreia do Norte e da Coreia do Sul têm em comum uma longa história e a mesma língua. Porém, os dois países são inimigos desde o final da década de 1940. A capital da Coreia do Norte é Pyongyang. O país tem 25.281.000 habitantes (estimativa de 2016) e área de 122.762 km2.

A Coreia do Norte faz fronteira com a China e a Rússia, ao norte, e com a Coreia do Sul, ao sul. O mar do Japão (que, na Coreia, é chamado de mar do Leste) forma a costa oriental da Coreia do Norte. O mar Amarelo forma a costa ocidental.

Montanhas e vales cobrem a maior parte do território. O ponto mais alto do país, o monte Paektu, fica no nordeste. Os dois rios mais longos são o Yalu e o Tumen. Eles correm ao longo da fronteira com a China. Os invernos na Coreia do Norte são longos, frios e nevados. Os verões são quentes e chuvosos. Tempestades tropicais chamadas tufões às vezes atingem o país na estação das chuvas. Florestas de abetos, lariços e pinheiros crescem nas montanhas ao norte. Nas montanhas do sul, há florestas de carvalhos, pinheiros, olmos, faias e choupos.

Praticamente toda a população da Coreia do Norte é formada por coreanos nativos. Um pequeno número de chineses também vive no país. O idioma principal é o coreano. Mais da metade dos habitantes vive nos centros urbanos. A maioria dos norte-coreanos não pratica religião alguma. Grupos menores de pessoas seguem as crenças tradicionais coreanas ou uma religião chamada chondogyo, que combina budismo, cristianismo e confucionismo (ensinamentos chineses antigos).

O governo norte-coreano controla a economia. Muitas pessoas trabalham em fábricas ou em fazendas. As fábricas produzem ferro, aço, produtos químicos, maquinaria, produtos alimentícios, roupas e outras mercadorias.

Os agricultores norte-coreanos produzem principalmente arroz. Outras culturas importantes são batata, milho, repolho e soja. Peixes e porcos são também alimentos importantes. Todavia, a Coreia do Norte não produz alimentos suficientes para nutrir seu povo. Centenas de milhares de pessoas morreram de fome no final da década de 1990.

Existem evidências arqueológicas de que a península da Coreia já era habitada 500 mil anos atrás, durante o período Paleolítico. Bem mais tarde, durante o período Neolítico, habitantes da Manchúria e da Sibéria migraram para a Coreia. Essas pessoas são os ancestrais da etnia coreana, e foi com elas que se desenvolveu o idioma coreano.

O antigo reino de Choson foi fundado por volta do século IV a.C., no noroeste. Em 108 a.C., Choson foi conquistado pelos chineses.

Três reinos então se formaram: Koguryo, no norte; Paekche, no sudoeste; e Silla, no sudeste. Lendas coreanas dizem que esses reinos foram fundados no século I d.C., porém seu desenvolvimento se deu ao longo dos séculos seguintes.

Os três reinos lutavam com frequência uns contra os outros. No século VII, Silla uniu forças com a China, conquistando Paekche em 660 e Koguryo em 668. A maior parte da Coreia ficou então sob o domínio de Silla. Seguiu-se um período de paz. Essa época foi marcada por grandes realizações em áreas como astronomia, medicina, fundição de metal, escultura e tecelagem. Silla e a China eram importantes parceiros comerciais.

No século IX, Silla perdeu o controle sobre partes da Coreia. Em 936, formou-se o reino de Koryo. A dinastia Koryo governou a península coreana até 1392. Sua capital localizava-se onde hoje é Kaesong, na Coreia do Norte. Foi durante esse período que a região começou a formar suas próprias tradições culturais, diferentes das do resto da Ásia oriental. A dinastia Koryo chegou ao fim em 1392, sendo substituída pela dinastia Choson. A capital do reino Choson ficava onde hoje é Seul, na Coreia do Sul.

A dinastia Choson chegou ao fim em 1910, quando, após vários conflitos, a Coreia acabou sendo anexada pelo Japão. Os japoneses transformaram a Coreia em sua colônia e trouxeram costumes modernos, mas impuseram diversas medidas injustas e privaram os coreanos de muitos direitos. O Japão perdeu o domínio da Coreia durante a Segunda Guerra Mundial. Próximo ao fim da guerra, em 1945, a União Soviética tomou a parte norte do país. Os Estados Unidos enviaram suas forças para o sul. A Coreia do Norte tornou-se um país independente em 1948, um mês depois da Coreia do Sul. Assim como a União Soviética, a Coreia do Norte adotou a forma de governo comunista.

Em 1950, começou a Guerra da Coreia. Os Estados Unidos e outros países enviaram exércitos para ajudar a Coreia do Sul. A China apoiou a Coreia do Norte. Cerca de 1.800.000 coreanos morreram durante a Guerra da Coreia, que terminou em 1953 com a península ainda dividida. Desde então, as fronteiras de ambos os lados são guardadas por exércitos.

O governo liderado por Kim Il-sung foi extremamente rígido. Muitos países o acusaram de apoiar o terrorismo. Quando Kim Il-sung morreu, em 1994, seu filho Kim Jong-il tomou o poder. Em 2000, os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul reuniram-se pela primeira vez. Eles concordaram em buscar uma solução que levasse a uma Coreia pacífica e reunificada. Em 2002, porém, descobriu-se que a Coreia do Norte estava tentando construir armas nucleares. Kim Jong-il morreu em 17 de dezembro de 2011 e foi sucedido por seu filho, Kim Jong-un. Em 2013, a Coreia do Norte voltou a atemorizar a Coreia do Sul, ameaçando atacar o país vizinho com mísseis. O programa nuclear da Coreia do Norte continua a ser motivo de preocupação para a comunidade internacional.

 



 

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