DITADURA MILITAR: GOVERNO COSTA E SILVA

DITADURA MILITAR: GOVERNO COSTA E SILVA

A posse de Costa e Silva, em março de 1967, era um sinal contrário à promessa de uma rápida intervenção e do retorno à normalidade. A reação da sociedade veio ainda no mesmo ano. Carlos Lacerda, antigo aliado dos militares, João Goulart e Juscelino Kubitschek criaram a chamada Frente Ampla, uma aliança de políticos de várias correntes contra o regime militar. Apesar da grande divulgação na imprensa, a Frente não avançou, devido a conflitos de interesses e ao fechamento do regime, que aconteceu em 1968.

A oposição também partia dos setores estudantis, um dos mais engajados na luta contra a Ditadura. Buscando organizar manifestações e comícios, os líderes da UNE, agora na clandestinidade, enfrentaram grande repressão governamental. Um exemplo marcante dos abusos da Ditadura contra os estudantes foi o assassinato do jovem Edson Luís, no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro.

Seu enterro e as missas que vieram nos dias seguintes foram apropriados pelos que combatiam a Ditadura, culminando na chamada Passeata dos Cem Mil – ocorrida em 26 de junho de 1968 –, que atravessou o centro da capital fluminense em protesto contra o regime, cada vez mais repressor.

Os estudantes se manifestaram também no congresso clandestino da UNE, ocorrido em Ibiúna, interior de São Paulo, em outubro de 1968, o qual foi fechado por uma intervenção do Exército, responsável pela prisão de centenas de lideranças. A ação estudantil foi fortalecida ainda pelos movimentos grevistas em Osasco (SP) e Contagem (MG), onde as manifestações contra o regime se misturavam às reivindicações operárias.

 

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