CANADÁ

CANADÁ

O Canadá é o maior país do mundo depois da Rússia. Está localizado no norte da América do Norte. Sua capital é Ottawa. O Canadá é dividido em dez províncias e três territórios. O país tem 35.546.000 habitantes (estimativa de 2017) e área de 9.984.670 km2.

O território canadense abrange seis fusos horários e é banhado por três oceanos: Pacífico, Ártico e Atlântico. Sua quarta fronteira é com os Estados Unidos, ao sul. O estado americano do Alasca fica na fronteira noroeste canadense.

A maior região natural do Canadá é uma área rochosa e plana que cobre as áreas leste, central e noroeste do país. No oeste, as planícies se espalham do oceano Ártico até a fronteira com os Estados Unidos. O rio canadense mais longo, o Mackenzie, faz a drenagem da região noroeste. A oeste das planícies estão as montanhas Rochosas. No sul e no sudeste, as planícies são limitadas pelos Grandes Lagos e pelo rio São Lourenço. Os montes Apalaches percorrem o extremo leste. Por ser muito grande, o Canadá possui ampla variedade climática. A maioria das regiões tem invernos muito frios e longos. As temperaturas são mais moderadas na costa do oceano Pacífico.

A formação vegetal mais comum do Canadá é a floresta de coníferas. Uma das maiores florestas de coníferas do mundo se estende do Alasca até a costa do oceano Atlântico. No sul, as coníferas se misturam com o bordo-campestre, as faias e os carvalhos. No extremo norte fica uma extensão de solo frio conhecida como tundra, na qual crescem apenas musgos, liquens e arbustos rasteiros.

Quase metade da população do Canadá é de origem britânica e cerca de um quarto tem ancestrais franceses. Grupos populacionais menores descendem de imigrantes dos Estados Unidos, bem como de países europeus ou asiáticos. Desde o início do século XXI, algumas levas de brasileiros têm sido acolhidas no Canadá, que busca atrair imigrantes qualificados. Também há pequenos grupos indígenas e de inuítes (esquimós), assim como mestiços (pessoas com ancestrais indígenas e europeus). O inglês e o francês são os idiomas oficiais.

Cerca de 75 por cento dos canadenses são cristãos, e pouco mais de 15 por cento não professam nenhuma religião. O país também tem pequenos grupos de judeus, muçulmanos, hindus e outras comunidades religiosas.

A maioria da população mora nos grandes centros urbanos e nas pequenas cidades do sul. Toronto é considerada o centro econômico do Canadá. É a maior cidade do país e fica na província de Ontário. A segunda maior é Montreal, na província do Quebec. É um porto importante e uma das maiores cidades de língua francesa do mundo. Vancouver, na província da Colúmbia Britânica, é a terceira maior cidade canadense.

A economia do Canadá se baseia nas manufaturas e no setor de serviços. Entre as muitas indústrias de serviços encontram-se as empresas financeiras, os setores imobiliário e de seguros, a assistência à saúde, a educação e o turismo. Os ramos manufatureiros mais fortes são a produção de automóveis e o processamento de alimentos, além da fabricação de produtos químicos, eletrônicos e metalúrgicos, de papel e de madeira. O país também é líder na produção de petróleo, de gás natural e de minerais.

Canadá é um dos maiores produtores mundiais de alimentos. É conhecido pelos grãos, especialmente o trigo e as sementes oleaginosas, e por seus rebanhos suíno e bovino. A variedade de peixes é grande — salmão, arenque, bacalhau, dentre outros — e alimenta uma forte indústria da pesca.

Há milhares de anos os inuítes já viviam no norte, enquanto os povos indígenas americanos habitavam o sul do que é o atual Canadá. Os vikings, do norte da Europa, chegaram ao que hoje é a Terra Nova no ano 1000 d.C., aproximadamente, porém não se fixaram no Canadá.

Em 1497, o explorador italiano Giovanni Caboto chegou ao leste do Canadá. Outros exploradores vieram em seguida. Em 1534, um francês, Jacques Cartier, entrou no golfo do São Lourenço e tomou posse da área para a França.

Em 1608, Samuel de Champlain fundou Quebec, a primeira colônia permanente da França no Canadá. Logo os franceses estabeleceram novos assentamentos na região e passaram a chamá-la de Nova França.

Enquanto isso, os britânicos também se interessaram pela área. Em 1670, eles formaram a Companhia da Baía de Hudson, que instalava postos comerciais em volta da baía de Hudson. Ao longo do século seguinte, a Grã-Bretanha e a França travaram guerras de disputa pelo território. Após derrotar a França na guerra de 1763, a Grã-Bretanha passou a considerar o Canadá parte do Império Britânico. Os britânicos anexaram a Nova França à colônia do Quebec.

No final do século XVIII, a Grã-Bretanha dominava a Terra Nova, a ilha Príncipe Eduardo, a Nova Escócia, Nova Brunswick e o Quebec. Em 1791, a Grã-Bretanha dividiu o Quebec em Canadá Setentrional e Canadá Meridional.

Em meados do século XIX, o povo local começou a exigir a união dessas colônias. Em 1867, Nova Escócia, Nova Brunswick, mais o Canadá Setentrional e o Canadá Meridional (atuais províncias de Ontário e do Quebec) formaram o Domínio do Canadá. O país tinha agora seu próprio governo federal, embora a Grã-Bretanha mantivesse boa parte do controle.

A população canadense cresceu rapidamente durante o século XVIII. À medida que os colonizadores se deslocavam em direção ao oeste, muitos povos nativos iam perdendo suas terras. Para eles foram criadas reservas. Novas províncias e novos territórios foram surgindo. Em 1896, a descoberta de ouro no território do Yukon levou mais colonizadores para o oeste.

Em 1982, o Parlamento da Grã-Bretanha concedeu ao Canadá o direito de ter sua própria Constituição. O monarca britânico continuou como chefe de Estado, mas o Canadá finalmente passou a ser um país independente.

No início dos anos 1960, muitos franco-canadenses (descendentes de franceses do Quebec) começaram a reivindicar a separação do Canadá. “Quebec Livre” era a bandeira desse movimento. Eles queriam criar uma nação de língua francesa (francófona). Um plebiscito foi realizado em 1995, e por muito pouco a separação do Quebec não foi aprovada. Muitos franco-canadenses continuam a reivindicá-la.

Nos anos 1990, muitos povos nativos pediram ao governo a devolução de suas terras. O Canadá respondeu a essa reivindicação em 1999, destinando aos inuítes a região de Nunavut, um território que passou a ser autogovernado por esse povo. O novo território foi formado na região leste dos Territórios do Noroeste.

 

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