ÁTILA

Átila

Rei dos hunos

Átila (406-453) foi um dos maiores guerreiros da história, o mais perverso dos reis hunos. Comandou o ataque aos dois impérios romanos (do Oriente e do Ocidente), saqueou várias cidades, dominando toda a região Norte da Península Itálica.

Átila conquistou um grande império que se estendeu entre a região do Mar Cáspio na Ásia Central e o rio Reno, na fronteira com a Gália, região da atual França.

Átila nasceu provavelmente na província romana de Pamônia, na planície da atual Hungria, no ano de 406. Era filho do rei Mundziuch, descendente de tribos nômades vindas da Ásia Central, de origem mongol, que depois de espalhar o terror em boa parte da Ásia, chegou às divisas do Império Romano.

Por volta de 420, as diversas tribos nômades que muitas vezes agiam isoladas, se organizaram sob a liderança dos reis Mundziuch, Rua e Octar. A antiga estrutura tribal deu lugar a uma nobreza enriquecida.

Rei dos hunos

Em meados de 435, os irmãos Átila e Bleda herdaram o comando dos hunos. Bleda passava os dias a se divertir, porém Átila era um amante da guerra, agia com muita crueldade contra seus inimigos, e se empenhava em aumentar o poderio huno e expandir os seus domínios.

Com sua cavalaria munida de espada, lanças ou arcos e flechas, com a destreza de seus arqueiros e o ímpeto de conquistar vasto território, recebeu o título de “flagelo do mundo”.

Embora a fama de cruéis fosse marca registrada dos hunos, sendo chamados de “descendentes do demônio”, a guerra era usada por Átila para conquistar riquezas e fazer acordos cada vez mais lucrativos com os romanos.

Começa a exigir dos romanos a duplicação dos tributos e as tribos pagavam o que ele pedia, para evitar a guerra. Caso contrário não haveria piedade e a destruição era certa.

O avanço para o Oriente

Em 441, Átila e seu exército destroem poderosas cidades romanas localizadas na região próxima ao Danúbio. Avançando para o interior do Império do Oriente, derrota o exército bizantino e chega à capital Constantinopla, mas suas altas muralhas barraram o acesso à cidade.

 Em seguida, volta-se contra as tropas romanas que haviam sido rechaçadas para o norte do mar Negro.

Em 445, Átila ordena a morte de seu irmão Bleda e passa a governar sozinho na guerra e na paz. Tornou-se senhor de um vasto Estado e foi elevado à posição de um deus, possuía direitos de vida e de morte sobre seus homens.

 Invasões no Ocidente

As lutas e vitórias de Átila sucederam-se até 450, quando invadiu a Gália, apesar de aparentemente manter boas relações com Aécio, general romano encarregado daquela região.

Átila justificou sua atitude alegando que seu único interesse era o reino visigótico, cuja capital era Toulouse, em plena Gália. As cidades que estavam no caminho viraram cinzas. Na Gália, a população foi obrigada a fugir, devido à destruição, provocando um grande êxodo.

Para barrar essa expansão bárbara, foi feito um acordo entre Roma e Teodorico I, rei dos visigodos. As tropas romanas sob o comando de Flávio Aécio se encontram em Châlon na Batalha dos Campos Catalúnicos, onde os hunos foram surpreendidos e a derrota foi inevitável para Átila.

A derrota não acabou com a campanha militar, mesmo com uma tropa bem menor, ele invadiu a Itália e saqueou várias cidades, entre elas Milão, que acabou incendiada.

Em 452, três representantes da sociedade romana foram enviados ao encontro de Átila, um deles era o papa Leão I. Nada se sabe das conversas entre o soberano huno e o papa. Contudo, Átila decide abandonar a Itália.

Outras razões levaram Átila a retirar-se: a peste que devastava a península ameaçava destruir seu povo, e Aécio constituía uma ameaça permanente.

Morte

Seus interesses se voltaram para o Império do Oriente, mas o imperador Marciano organizara uma expedição militar que derrotara as reservas hunas na Panônia. Átila volta para sua terra sem uma vitória definitiva.

Em 453 enviou um ultimato a Marciano, advertindo-o de que se os tributos atrasados não fossem pagos o Oriente seria devastado. Porém, Átila morreu repentinamente após as comemorações de seu novo casamento com a princesa borgonhesa Hilda. Átila morreu na região do Danúbio, no ano 453 da era cristã.

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