FILOSOFIA CONTEMPORANEA
Filosofia Contemporânea teve início no início do século XIX
e perdura até os dias atuais. Entre as características predominantes da
filosofia contemporânea está a maneira de pensar racionalmente, característica
da Idade Contemporânea que teve como marco a Revolução Francesa.
A era que começava após a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo trouxe muitas mudanças sociais, políticas, econômicas e filosóficas. Além da Revolução Francesa, outros movimentos sociais nasciam. O feminismo avançava requisitando o direito ao voto, o socialismo e a as ciências naturais também se desenvolviam.
Nesse contexto, ainda estavam as transformações na sociedade, principalmente causada pelo êxodo rural, e os conflitos entre burguesia e proletariado. O cenário, caracterizado por várias divergências produziu um solo fértil para a criação de escolas filosóficas e para o surgimento de novas linhas de interesse e abordagem, entre elas estava a filosofia contemporânea.
A Filosofia Contemporânea só garantiu seu espaço nos séculos XIX e XX mas foi no século XVIII que ela foi tomando forma. Nesse período surgia um dos grandes conflitos políticos e sociais que causou um impacto em toda a Europa, a Revolução Francesa, uma revolta burguesa contra a monarquia.
Durante esse período o capitalismo estava se consolidando, gerando evidências de que esse modelo econômico produzia uma desigualdade social cada vez mais intensa. Inúmeras tecnologias foram criadas durante esse tempo, a eletricidade foi descoberta, o petróleo passou a ser utilizado como matéria-prima, o telefone foi criado e o automóvel se tornava um novo meio de comunicação.
Ao passo em que a tecnologia e a ciência avançavam, criando novas oportunidades de trabalho, as pessoas eram submetidas a jornadas de trabalho intensas e eram extremamente exploradas, ou em outras ocasiões substituídas por máquinas. Foi em cima desse contexto que as escolas filosóficas contemporâneas criaram suas concepções.
Havia progresso nos campos da ciência e da tecnologia, mas a sociedade não acompanhava esse desenvolvimento. Então, a filosofia contemporânea surge para consolidar o que ficou conhecido como “consciência de classe”, termo que se refere à reflexão sobre as lutas sociais. É válido lembrar que a filosofia contemporânea antecede a filosofia pós-moderna, que muitos autores acreditam que esta última foi assimilada pela primeira.
A filosofia contemporânea também recebeu influências de correntes importantes como a da Indústria Cultural e a Escola de Frankfurt. Entre os elementos que caracterizam essa concepção filosófica, podem ser citados: o positivismo, idealismo, racionalismo, pragmatismo, cientificismo, liberalismo, niilismo, utilitarismo, fenomenologia, pluralismo e a subjetividade.
Duas grandes linhas de pensamento se estabeleceram dentre essas características, a primeira delas era o marxismo, do filósofo alemão Karl Marx, que pregava a luta de classes, e a segunda, o existencialismo, do filósofo francês Jean-Paul Sartre, que falava sobre a liberdade.
De um modo geral, a filosofia contemporânea tinha por objetivo produzir uma nova concepção de racionalidade. O pensamento filosófico moderno tinha a razão como uma ferramenta de emancipação intelectual através da reflexão.
A racionalidade deveria ser utilizada para que os homens dominassem sua natureza. Mas as discussões seguintes, provenientes da filosofia contemporânea desmitificaram esse pensamento. O domínio da razão não garantia que as pessoas agissem corretamente. Inclusive, o que se entendia como moralmente correto até o século XIX foi muito questionado, principalmente em contexto de mudanças sociais. Havia a necessidade de pensar novos arranjos para essa sociedade que surgia e que exigia uma outra filosofia moral e uma ética contemporânea.
Principais filósofos do período
Friedrich Nietzsche: o filósofo e crítico cultural alemão do século XIX influenciou muitos teóricos e correntes filosóficas ainda no século XX, a exemplo do existencialismo e o pós-estruturalismo.
Jean-Paul Sartre: filósofo e crítico francês, Sartre foi um dos grandes representantes do existencialismo, uma doutrina filosófica que surgiu na Europa e que era pautada na existência metafísica e na liberdade.
Hannah Arendt: filósofa política de origem judia alemã que foi perseguida pelo nazismo. Suas obras criticavam os regimes totalitários e a violência.
Martin Heidegger: filósofo alemão que contribuiu para o pensamento existencialista, estruturou uma crítica à técnica e desenvolveu um método novo de se chegar ao conhecimento a partir de uma nova estrutura filosófica.
Simone de Beauvoir: escritora e filósofa feminista de origem francesa que elaborou as primeiras teorias sobre a condição feminina do século XX.
Theodor Adorno: teórico e sociólogo alemão, Adorno foi um dos grandes nomes da Escola de Frankfurt e um dos principais pensadores da teoria crítica.
Michel Foucault: o filósofo francês se destacou com seus estudos sobre a convivência humana, relações de poder, conhecimento e as ferramentas de controle social.
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