TERESINA


 

TERESINA

Teresina é a capital do estado do Piauí, situado na região Nordeste do Brasil. É uma cidade que foi planejada para sediar as funções administrativas do estado, por isso seu traçado é geométrico, lembrando um tabuleiro de xadrez. O núcleo inicial tem ruas largas e praças arborizadas. O caneleiro foi declarado oficialmente a árvore símbolo de Teresina.

Teresina tem muitos parques, praças e bosques. É uma cidade muito arborizada, o que é uma maneira de amenizar o calor constante. O encontro das águas do rio Parnaíba com o Poti costuma atrair muitas pessoas. No local, fica o Parque Ambiental Encontro dos Rios, com um mirante. No Parque Zoobotânico, que tem um rio e três lagos em uma área de 137 hectares, é encontrado o menor lagarto do Brasil, o Coleodactylus meridionales, além de muitas outras espécies de répteis.

Teresina é a única capital do Nordeste brasileiro que não fica no litoral. É um porto fluvial. Está situada na margem direita do rio Parnaíba, que se encontra com outro rio, o Poti, na zona norte da cidade. Fica na zona de transição entre o Nordeste e a Amazônia. É cercada por matas de cocais, cerrados e cerradões. Sua flora é rica em carnaúba, buriti, jatobá, babaçu, caneleiro e ipê, além de outras árvores de porte médio. Tudo isso lhe rendeu o título de “Cidade Verde”.

Tem clima tropical semiúmido e duas estações bem marcadas: a das chuvas (de dezembro a junho) e a da seca (de julho a dezembro). A temperatura média ao longo do ano é de 27°C, amenizada pelos ventos. A região de Teresina costuma ser chamada de “chapada do corisco”. Corisco quer dizer raio. Teresina é considerada a terceira cidade do mundo em ocorrência de raios.

Teresina oferece vantagens fiscais para empresas que queiram se instalar em seus polos industriais. São dois polos, um deles restrito a indústrias com atividades não poluidoras. Isso tem atraído bons negócios para a cidade. Uma área forte é a de produção de moda, de confecções. Teresina transformou-se em polo regional, abastecendo não só o comércio local mas o de estados vizinhos.

A cidade teve origem no arraial erguido pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho. Ele esteve na região em 1662, capturando indígenas para vender como escravos. Além disso, combatia os nativos que se opunham à ocupação portuguesa.

Como era comum na época, o bandeirante recebeu sesmarias em recompensa por serviços prestados ao governo português. Foi numa de suas sesmarias, situada nas margens do rio Poti, que os colonos de origem portuguesa começaram a se instalar.

O povoado se iniciou com pescadores e comerciantes. Com o tempo, tornou-se um movimentado centro comercial. Em 1832, o povoado foi elevado a vila, com o nome de Vila do Poti.

Um grave problema da vila eram as inundações dos rios Poti e Parnaíba. Por isso, em 1852 o governo transferiu todos os moradores para outro local, nas proximidades da paróquia de Nossa Senhora do Amparo. Decidiu-se que a nova vila seria elevada a cidade e passaria a ser a capital do Piauí. Até então, a capital da província era Oeiras.

A nova cidade foi chamada inicialmente de Vila Nova do Poti. Depois recebeu o nome de Teresina. Conta-se que o nome foi dado em homenagem à imperatriz Teresa Cristina Maria de Bourbon, mulher do imperador dom Pedro II, por seu apoio à mudança da capital.

A capital do Piauí atraiu migrantes de outras cidades do Piauí e dos estados do Ceará e do Maranhão. O aumento populacional e a concentração urbana têm expandido a cidade para muito além do traçado inicial. Surgem novos núcleos em áreas de risco, como as margens de lagoas, sujeitas a inundações. Por isso, um importante desafio de Teresina nos dias atuais é aliar o crescimento à preservação ambiental. A falta de saneamento básico compatível gera muitos problemas de saúde pública, principalmente no período das chuvas.

 

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