RIO BRANCO
Rio Branco é a capital e o maior
município do estado do Acre, localizado na região Norte do Brasil. A cidade é o
principal centro administrativo, cultural e econômico do estado.
A capital foi nomeada em
homenagem ao diplomata barão do Rio Branco, que teve papel de destaque na
chamada Questão do Acre. A Questão do Acre foi uma disputa entre o Brasil e a
Bolívia em torno das terras que hoje formam o estado do Acre. O problema foi
resolvido pelo Tratado de Petrópolis, que garantiu ao Brasil a posse das terras
e o direito à exploração de borracha na região. E foi em torno da exploração da
borracha que a cidade de Rio Branco se desenvolveu. Atualmente, suas principais
atividades econômicas são o comércio, a pesca, o extrativismo e os serviços.
Rio Branco fica no extremo oeste
do Brasil e está a apenas 153 metros do nível do mar. O rio Acre divide a
cidade em duas partes: o Primeiro e o Segundo Distritos. O Primeiro Distrito
caracteriza-se por aclives suaves, e o Segundo Distrito é uma imensa planície,
periodicamente inundada pelas cheias do rio. Rio Branco é o município com menor
média de temperatura anual entre as capitais da região Norte. As temperaturas
oscilam entre 25°C e 38°C nos dias mais quentes do ano. Entre maio e agosto,
porém, a cidade chega a registrar 15°C, temperatura muito baixa para os padrões
regionais. Esse fenômeno se chama friagem.
Até o século XIX, a região era
habitada apenas por índios nativos. Rio Branco surgiu como um pequeno povoado,
que se formou em torno do seringal fundado em 28 de dezembro de 1882 pelo
cearense Neutel Maia.
Diz a tradição que, como muitos
homens nessa época, o seringalista Neutel Maia subia o rio Acre com a família e
vários trabalhadores em busca de um lugar para explorar a borracha. Numa curva
mais fechada do rio, ele notou uma imensa gameleira (tipo de figueira) e
decidiu se estabelecer no local. Na margem direita do rio Acre, em terras
ocupadas pelas tribos indígenas canamaris e maneteneris, fundou o Seringal
Volta da Empresa, onde hoje é o Segundo Distrito de Rio Branco. Meses depois,
Maia abriu um novo seringal, na margem esquerda do rio, onde atualmente está
instalado o Palácio do Governo do Acre.
O povoado da margem direita se
desenvolveu como entreposto comercial de borracha. Era nessa região que se
extraía o látex de melhor qualidade e em maior quantidade no Estado. Durante a
Revolução Acreana, alguns anos depois, foi na área próxima ao povoado que se
travaram os principais combates entre revolucionários acreanos e tropas bolivianas.
A luta terminou em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de
Petrópolis, quando o Acre foi definitivamente anexado ao Brasil.
Em 1904, o povoado de Rio Branco
foi elevado à categoria de vila. Sede do chamado Departamento do Alto Acre, a
cidade afirmou-se como o principal e o mais produtivo centro urbano de todo o
vale do rio Acre.
Em 1909, a sede da prefeitura foi
transferida para o outro lado do rio, onde a terra era mais alta, portanto
menos sujeita às alagações do rio Acre. A nova cidade ganhou o nome de
Penápolis, em homenagem ao então presidente Afonso Pena.
Em 1910, as duas vilas foram
unidas no município de Empresa, que um ano depois voltou a se chamar Penápolis.
Foi só em 1912 que a cidade ganhou o nome atual. Em 1920, o município de Rio
Branco passou a ser a capital do então território do Acre, que em 1962 foi
promovido a estado.
Comentários
Postar um comentário