BELÉM
A capital do estado do Pará, na
região Norte do Brasil, está situada na baía de Guajará, junto ao rio Pará e
perto do rio Guamá. A cidade é rodeada por água: a maioria do seu território
(dois terços) é formada por 55 ilhas. Belém é a porta de entrada para a
Amazônia: as águas calmas da baía facilitam a navegação para o interior do
estado e para o exterior (Belém está a 120 quilômetros do mar).
O nome de Belém é uma homenagem à cidade de mesmo nome em que Jesus nasceu (na antiga Judeia, atual Israel). As mangueiras e as árvores seculares — algumas com mais de 50 metros de altura — que se encontram nas suas ruas e praças dão um encanto especial à cidade, que surgiu com o Forte do Presépio, em 12 de janeiro de 1616. Logo, formou-se o povoado de Nossa Senhora de Belém do Pará. Além de centro de defesa do território brasileiro pelos colonizadores portugueses, o povoado tornou-se centro comercial e de abastecimento da região. Entre as décadas de 1870 e 1910, com a exploração e a comercialização da borracha para o exterior, a cidade se desenvolveu muito. São dessa época o Teatro da Paz e diversos casarões com bela arquitetura.
Belém é um centro cultural muito
importante da região Norte e de toda a Amazônia. Na cidade, encontram-se a Universidade
Federal do Pará e a Escola de Agronomia da Amazônia, um instituto de pesquisa
de agricultura e pecuária e outro que estuda doenças tropicais. O Museu Emílio
Goeldi tem um belíssimo parque de animais e plantas e é um centro de pesquisa
da flora, da fauna, da arqueologia e da geologia da região. A maior atração
turística da cidade é o Círio de Nazaré, em outubro. A procissão de Nossa
Senhora de Nazaré reúne mais de 2 milhões de pessoas. É a maior festa católica
do mundo, com várias atrações.
A história de Belém começou a
partir do Forte do Presépio, conhecido hoje como Forte do Castelo, tendo sido
fundada em 12 de janeiro de 1616 por Francisco Caldeira Castelo Branco. Foi
assim, a partir da Baía do Guajará, que teve início o povoamento de Feliz Lusitânia,
nome que recebeu à época. Um pouco depois, passou a ser chamada Santa Maria de
Belém do Pará. Como sendo uma área estratégica para a entrada e potencial
dominação sobre a região amazônica, foi alvo de outras expedições estrangeiras,
com destaque para os holandeses e para os franceses, que não obtiveram sucesso.
A partir de meados do século XVII, intensificou-se o processo de arruamento e expansão do espaço urbano da atual Belém. Além da então cidade, que hoje é conhecida como o bairro de Cidade Velha, a chegada das famílias açorianas no ano de 1676 deu origem à abertura de novas ruas e a uma nova área, denominada como Campina.
A cidade experimentou um grande crescimento a partir do século XVIII, com a nomeação do irmão de Marquês de Pombal para o cargo de governador do então estado do Maranhão e Grão-Pará. Além do incremento populacional que ocorreu à época, Belém se tornou um dos centros administrativos e econômicos da província, sendo elevada à categoria de cidade. Com a criação do estado do Grão-Pará, a cidade se tornou a sua capital em 1774.
O ciclo da borracha do século XIX foi um momento bastante próspero para Belém, que viu seu espaço urbano ser incrementado, além de grande crescimento populacional pela chegada de correntes de imigrantes brasileiros e estrangeiros. Na transição para o século XX, a capital passou por um intenso processo de modernização e instrumentalização urbana, que arrefeceu com o declínio da borracha brasileira. Novos ciclos de expansão e verticalização surgiram, e hoje Belém representa uma das cidades mais importantes não só do Pará, como da Região Norte do país.
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