Sigmund Freud
Neurologista e psicanalista austríaco
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico neurologista e importante
psicanalista austríaco. Foi considerado o pai da psicanálise, que influiu
consideravelmente sobre a Psicologia Social contemporânea.
Sigmund Schlomo Freud nasceu em Freiberg, na Morávia, então
pertencente ao Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856. Filho de Jacob
Freud, pequeno comerciante e de Amalie Nathanson, de origem judaica, foi o
primogênito de sete irmãos.
Aos quatro anos de idade, sua família muda-se para Viena, onde os
judeus tinham melhor aceitação social e melhores perspectivas econômicas.
Desde pequeno mostrou-se brilhante aluno. Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Viena, no curso de Medicina. Durante os anos de faculdade, deixou-se fascinar pelas pesquisas realizadas no laboratório de fiolofia dirigido pelo Dr. E. W. von Brucke.
De 1876 a 1882, trabalhou com esse especialista e concentrou-se em
pesquisas sobre a histologia do sistema nervoso. Já revelava grande interesse
pelo estudo das enfermidades mentais, bem como pelos métodos utilizados em seu
tratamento.
Trabalhou também no Instituto de Anatomia sob a orientação de H. Maynert. Concluiu o curso em 1881 e resolveu tornar-se um clínico especializado em neurologia.
Durante alguns anos, Freud trabalhou em uma clínica neurológica para
crianças, onde se destacou por ter descoberto um tipo de paralisia cerebral que
mais tarde passou a ser conhecida pelo seu nome.
Em 1884 entrou em contato com o médico Josef Breuer que havia curado
sintomas graves de histeria através do sono hipnótico, onde o paciente
conseguia se recordar das circunstâncias que deram origem à sua moléstia.
Chamado de “método catártico” constituiu o ponto de partida da psicanálise.
Em 1885, Freud obteve o mestrado em neuropatologia. Nesse mesmo ano
ganhou uma bolsa para um período de especialização em Paris, com o neurologista
francês J. M. Charcot.
De volta a Viena, continuou suas experiências com Breuer. Publicou,
junto com Breuer, Estudos sobre a Histeria (1895), que marcou o início de suas
investigações psicanalíticas.
Em 1897, Freud passou a estudar a natureza sexual dos traumas infantis causadores das neuroses e começou a delinear a teoria do “Complexo de Édipo”, segundo o qual seria parte da estrutura mental dos homens o amor físico pela mãe.
Nesse mesmo ano, já observava a importância dos sonhos na psicanálise.
Em 1900 publica A Interpretação dos Sonhos, a primeira obra psicanalítica
propriamente dita.
Em pouco tempo, Freud conseguiu dar um passo decisivo e original que abriu perspectivas para o desenvolvimento da psicanálise ao abandonar a hipnose, substituindo-a pelo método das livres associações, passando então a penetrar nas regiões mais obscuras do inconsciente, sendo o primeiro a descobrir o instrumento capaz de atingi-lo e explorá-lo em sua essência.
Durante dez anos, Freud trabalhou sozinho no desenvolvimento da
psicanálise. Em 1906, a ele juntou-se Adler, Jung, Jones e Stekel, que em 1908
se reuniram no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise, em Salzburg.
O primeiro sinal de aceitação da Psicanálise no meio acadêmico surgiu
em 1909, quando foi convidado a dar conferências nos EUA, na Clark University,
em Worcester.
Em 1910, por ocasião do segundo congresso internacional de
psicanálise, realizado em Nuremberg, o grupo fundou a Associação Psicanalítica
Internacional, que consagrou os psicanalistas em vários países.
Entre 1911 e 1913, Freud foi vítima de hostilidades, principalmente
dos próprios cientistas, que, indignados com as novas ideias, tudo fizeram para
desmoralizá-lo. Adler, Jung e toda a chamada escola de Zurique separaram-se de
Freud.
Em 1923, já doente, Freud passou pela primeira cirurgia para retirar um tumor no palato. Passou a ter dificuldades para falar, sentia dores e desconforto. Seus últimos anos de vida coincidiram com a expansão do nazismo na Europa.
Em 1938, quando os nazistas tomaram Viena, Freud, de origem judia, teve seus bens confiscados e sua biblioteca queimada. Foi obrigado a se refugiar em Londres, após um pagamento de resgate, onde passou os últimos dias de sua vida. Sigmund Freud morreu em Londres, Inglaterra, no dia 23 de setembro de 1939.
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