Mitos Persas
Geraldo Spacassassi
Recorrendo ao imaginário popular, quando nos
referimos à Pérsia vem-nos à mente a imagem de uma terra fabulosa, suntuosa e
impregnada de magia. Em verdade, o legado histórico do Império Persa/Aquemênida
foi muito além de suas influências territoriais e militares, e deixou marcas
importantes no cenário cultural, social, tecnológico e religioso da época. Os
Mitos Persas codificados em textos religiosos de seu profeta maior, Zaratustra,
além de enfocar seus deuses e a criação do mundo, englobam contos e estórias
tradicionais de origem muito antiga, algumas delas envolvendo seres
extraordinários ou sobrenaturais. Essas estórias, extraídas e compiladas de um
passado lendário, refletem as atitudes da sociedade diante dos embates entre o
bem e o mal, bem como as ações dos deuses e as façanhas dos heróis e das
criaturas fabulosas. Certamente, os Mitos desempenharam um papel crucial na
cultura persa. Ao analisá-los nos dias de hoje, eu ousaria dizer que sua
contribuição, se alinhada ao contexto histórico que lhes serviu de palco,
continua deveras atuante, propiciando-nos descobertas e expansão de
consciência. "Apesar de aparecer na forma terrena, sua essência é pura
consciência.Você é o destemido guardião da luz divina. A nossa tarefa não é
buscar o amor, mas simplesmente achar as barreiras que construímos dentro de
nós e que nos impedem de permitir que o amor flua. Deus te joga de um
sentimento ao outro e te ensina por meio dos opostos, de modo que terás duas
asas para voar, não uma". Rumi (1207-1273)
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