HISTÓRIA DA ASTRONOMIA (PARTE 1)
A história da astronomia envolve um período
de tempo tão antigo quanto a origem do homem. A astronomia é a mais antiga das
ciências naturais. Descobertas arqueológicas têm fornecido evidências de
observações astronômicas entre os povos pré-históricos. Desde a antiguidade, o
céu vem sendo usado como mapa, calendário ou relógio. O desejo de conhecimento
sempre incentivou o estudo da astronomia, seja por razões religiosas, seja para
a predição de eventos. No início, a astronomia coincidiu com a criação da
astrologia, representando tanto um instrumento de conhecimento quanto de poder.
Só depois do advento do método científico, a ciência passou a fazer uma clara
separação disciplinar entre astronomia e astrologia
O primeiro conhecimento astronômico do homem
pré-histórico consistiu essencialmente na previsão dos movimentos de objetos
celestiais visíveis, como estrelas e planetas. Um exemplo de ferramenta na
astronomia antiga são os primeiros monumentos astronômicos megalíticos, como o
famoso complexo de Stonehenge, os montes de Newgrange, os Menir e os vários
outros edifícios projetados com a função de observar o espaço sideral. Muitos
destes monumentos mostram a relação do homem pré-histórico com o céu, bem como
as excelentes capacidades de precisão das observações.[carece de fontes]
Em Stonehenge, por exemplo, cada pedra pesa em média 26 toneladas. A avenida principal que parte do centro da monumento aponta para o local no horizonte em que o Sol nasce no dia mais longo do verão (solstício). Nessa estrutura, algumas pedras estão alinhadas com o nascer e o pôr do Sol no início do verão e do inverno.
Parece que foi no paleolítico que o homem considerou o céu como o lugar onde as histórias dos deuses tomam forma. Há vestígios de um culto atribuído ao asterismo da Ursa Maior por povos que viviam além das margens do Estreito de Bering, no momento do último período glacial entre os Estados Unidos e a Ásia. Estudos recentes afirmam que no período Paleolítico (cerca de 16 000 anos atrás) foi desenvolvido um sistema de 25 constelações, dividida em três grupos que representam metaforicamente o Céu, a Terra e o submundo.[carece de fontes]
No período neolítico, a fim de melhorar a memorização das estrelas, foram atribuídas aos asterismos nomes semelhantes, nem sempre antropomórfico, aludindo a aspectos e elementos da vida agrícola e pastoral. A constelação do zodíaco, que se encontram perto da linha percorrida pelo sol durante o ano (eclíptica), foi uma das primeiras a ser codificada no céu, principalmente por razões práticas. Dada a importância da economia baseada numa agricultura-pastoral, se fez necessário conhecer as diferentes épocas do ano a fim de melhorar a semeadura, as plantações, a criação de animais e todas as outras práticas relacionadas ao homem primitivo.
As origens da astronomia Ocidental podem ser
encontradas na Mesopotâmia, a "terra entre dois rios", Tigre e
Eufrates, eram onde os reinos antigos dos Sumérios, Assírios, e Babilônios eram
localizados. Uma forma de escrita conhecida como |cuneiforme surgiu entre os
sumérios aproximadamente em 3500-3000 a.C. Os sumérios somente praticavam uma
forma básica de astronomia, mas tiveram uma importante influência na
sofisticação da astronomia dos babilônios. A Teologia Astral, que deu aos
deuses planetários um papel importante na Mitologia e religião mesopotâmica,
começou com os sumérios. Eles também usavam um sistema numérico sexagesimal
(base 60), que simplificava a tarefa do registro de números muito grandes ou
muito pequenos. A prática moderna de dividir um círculo em 360 graus, de 60
minutos cada, começou com os sumérios. Para mais informações, veja os artigos
em numerais babilônios e matemática.[carece de fontes]
Fontes clássicas normalmente usam o termo Caldeus para os astrônomos da Mesopotâmia, que foram, na verdade, sacerdotes escribas especializados em astrologia e outras formas de divinação. As atividades mais antigas de astrônomos babilônios foram as observações de fenômenos astronômicos significativos que eram considerados presságios. O melhor exemplo conhecido é a Tábua de Vênus de Ammisaduqa, um registro da primeira e última visibilidade observada do planeta Vênus no século XVI a.C. Os textos do tablete de Vênus foi posteriormente incluído em um extenso compêndio de presságios chamado de Enuma Anu Enlil.[carece de fontes]
Um aumento significante tanto na freqüência quanto na qualidade das observações babilônias surgiu durante o reinado de Nabonassar (747-733 a.C). O registro sistemático de fenômenos considerados como mau agouro em diários astronômicos que se iniciou nesse período, permitiu que fosse descoberto um ciclo repetitivo de eclipses lunares a cada 18 anos, por exemplo. O astrônomo grego Ptolomeu posteriormente usou os registros feitos na época de Nabonassar para consertar o início de uma era, já que ele sentiu que as observações usáveis mais antigas haviam sido feitas naquela época.
O último estágio no desenvolvimento da
astronomia babilônia ocorreu durante o perigoso do Império Selêucida (323-60
a.C) No terceiro século, astrônomos começaram a usar "textos anuais"
para predizer os movimentos dos planetas. Esses textos compilavam registros de
observações passadas para encontrar ocorrências repetitivas de fenômenos
considerados como mau agouro para cada planeta. Aproximadamente na mesma época,
ou um pouco depois, astrônomos criaram modelos matemáticos que os permitiram
predizerem os fenômenos diretamente, sem necessitar da consulta nos registros
antigos.[carece de fontes]
As influências Mesopotâmicas na astronomia
ocidental são extensas. Foi dos mesopotâmicos que os gregos ganharam seus
conhecimento sobre os planetas visíveis e as constelações do zodíaco, os
séculos de registros de observações astronômicas e até a ideia de que os
movimentos dos planetas poderiam ser preditos com precisão.
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