Moisés
Líder religioso
Moisés, segundo a Bíblia, foi um descendente dos hebreus que obediente a Deus teria libertado seu povo do cativeiro no Egito e liderado uma longa peregrinação até a terra de Canaã. Toda a vida de Moisés – seus atos, seus feitos, suas leis – é relatada em quatro livros da Bíblia: Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, que somados ao Gênesis formam o Pentateuco.
Diz a Bíblia que algumas tribos nômades da Palestina abandonaram o
solo semiárido daquela região e partiram para o Egito. Chegando lá, foram
escravizados e submetidos a trabalhos forçados durante longos anos.
No século XIII a.C. a opressão chegou ao auge quando o Faraó mandou matar todos os filhos homens do povo de Israel, pois estavam se tornando mais numerosos que eles.
Nascimento e juventude
Moisés, filho de Joquebede e Anrão, da tribo de Levi, nasceu no Egito,
na época em que o faraó determinou que fossem executados os filhos homens dos
hebreus. Moisés foi escondido por três meses, e depois quando não pode mais
escondê-lo, sua mãe o colocou em uma cesta de papiro e a escondeu entre os
juncos na margem do rio Nilo, enquanto de longe, a irmã dele tudo observava.
A criança foi resgatada por uma filha do Faraó Ramsés II que tomava banho no rio. A irmã do menino se ofereceu para conseguir uma ama de leite, assim, ele foi amamentado pela própria mãe. Depois de crescido, o menino foi entregue de volta à filha do Faraó, que lhe deu o nome de Moisés, o educou como nobre, em ambiente palaciano.
A fuga de Moisés
Passaram os anos e Moisés saiu para ver seus irmãos. Notou que eles
eram submetidos a trabalhos forçados e maltratados pelo feitor egípcio. Certo
dia matou o feitor e para evitar ser declarado, fugiu para a terra de Madiã.
Moisés passou então a viver no deserto, onde trabalhou para o sacerdote Jetro, que tinha sete filhas e uma deles, Séfora, tornou-se mulher de Moisés e lhe deu um filho chamado Gérson.
A Missão de Moisés
Quando um dia Moisés estava pastoreando o rebanho de seu sogro, no pé
do monte Sinai, o anjo de Deus apareceu a Moisés, numa chama de fogo. Das
chamas ouviu uma voz que se identificou como Deus, e que anunciou tê-lo
escolhido para libertar seu povo do cativeiro egípcio e conduzi-lo à Terra
Prometida.
Durante a visão, Moisés recebeu poderes especiais e com eles poderia convencer o faraó para libertar seu povo. Moisés voltou ao palácio e fez o pedido ao faraó, mas esse recusou.
Dez pragas
Ante a recusa do faraó, Moisés fez com que o Egito fosse assolado por dez
pragas: transformação da água do rio Nilo em sangue, invasão de rãs, praga de
piolhos,, invasão de moscas, morte do gado, aparecimento de chagas, chuva de
pedras, invasão de gafanhotos, trevas e a última delas, a morte de todos os
primogênitos egípcios, que só então convenceu o faraó que decidiu libertar os
hebreus.
A caminho da Terra Prometida
Quando Moisés e seu povo estavam a caminho da Terra Prometida, o faraó
voltou atrás e ordenou que suas tropas os perseguissem. Mas Moisés abriu com
seu cajado um caminho em meio às águas do Mar Vermelho, e depois da passagem
dos hebreus o mar fechou e tragou os soldados do faraó.
Ao chegarem ao sopé do Monte Sinai, Moisés se recolheu para o alto da montanha e recebeu de Deus as duas tábuas com os Dez Mandamentos e uma série de leis que passam a regular as relações entre os homens.
Durante 40 anos, vagaram pelo deserto, até que morresse toda a geração escrava, para que só os nascidos na liberdade pudessem entrar na Terra Prometida. A Bíblia descreve minunciosamente a odisseia dos hebreus, fatos que iriam influenciar a humanidade por séculos.
Quando Moisés passou das planícies de Moab para o monte Nebo, até o cume do Faga, em frente a Jericó, Javé lhe mostrou toda a terra e falou: “Essa é a terra que prometi a Abraão, Isaac e Jacó, quando eu disse: Eu a darei à sua descendência. Eu estou lhe mostrando essa terra, mas você não atravessará até ela”. (Dt 34, 4).
Morte de Moisés
Moisés morreu antes de atravessar as fronteiras do solo prometido,
tinha cento e vinte anos. Foi sepultado no vale, na terra de Moab, na frente de
Bet-Fegor. “Os israelitas choraram por Moisés, nas estepes de Moab, durante
trinta dias, até que terminou o luto por Moisés” (Dt 34, 8).
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