MICHAEL JACKSON: O REI DO POP

MICHAEL JACKSON: O REI DO POP

Cantor, dançarino, compositor. É difícil resumir Michael Jackson em uma única vocação. Fenômeno musical, ele faz toda a justiça ao merecido título de Rei do Pop! À frente do seu tempo, Michael transformou o show business com inovações tecnológicas em suas apresentações, clipes mega produzidos, ações filantrópicas e grande visão comercial. Não podemos esquecer das canções de sucesso, que venderam milhões de cópias, permanecem atuais e foram fundamentais para consolidar o seu status de astro mundial.

O talento artístico de Michael Jackson despertou cedo. Sétimo filho do casal Joe e Katherine, ele cresceu rodeado por música. Seu pai, frustrado com as decepcionantes empreitadas artísticas, viu na aptidão dos filhos a oportunidade de melhorar as condições da família.  Michael já acompanhava os ensaios dos irmãos, que tocavam em eventos de caridade e shopping centers. Escondido, ele cantarolava músicas mesmo sem entender as palavras. Incrivelmente afinado para sua idade, ele foi descoberto por seus pais e logo foi escolhido como novo vocalista do grupo The Jackson 5.

A banda se apresentava em concursos de amadores em várias cidades. Vencendo todas as competições, o sucesso não tardou: após serem ovacionados num show de calouros em Nova York, eles receberam uma proposta da gravadora Motown, e dali para o auge foi um pulo. Para aprender a conviver no mundo das celebridades musicais, Michael morou por um mês na casa de Diana Ross, que virou uma espécie de musa inspiradora. Em 1969, os Jackson 5 lançaram seu primeiro hit, o clássico I Want You Back, que foi seguido de outros singles bem sucedidos, como ABC e I’ll Be There.

Contudo, o reconhecimento custou a perda da infância para ele. Obrigado a sair da escola para construir sua carreira, Michael era atormentado pela educação rígida imposta pelo pai. Os ensaios eram repletos de abusos físicos e psicológicos e, como se não bastasse, Joseph ainda atacava a aparência dele, criando mais uma insegurança para o cantor. Não ter aproveitado a infância deixou marcas na vida de Michael, que geraram consequências graves e fatos polêmicos no fim de sua carreira.

Em 1979, o contrato com o pai, que gerenciava sua carreira, expirou. Aos 21 anos, Michael enfim tinha o total controle de suas decisões e o primeiro álbum solo longe dos Jacksons foi memorável. Com o título de Off The Wall, o disco carregava mais de sua personalidade cativante e de seu lado compositor, visto em faixas como She’s Out Of My Life e Don’t Stop ‘Til You Get Enough. Essa música rendeu ao artista seu primeiro Grammy e é bem conhecida pelos brasileiros, por ter sido a abertura do programa Vídeo Show por muitos anos.

O impacto da estreia foi tão grande que impulsionou inclusive as vendas do antigo grupo. Porém, Michael agora estava mais focado em criar sua própria estrada, e fechava novos e lucrativos contratos comerciais, enquanto aprimorava os passos de dança e fazia parcerias inéditas, como o dueto com Paul McCartney em The Girl Is Mine. Olhando assim, parece que ele havia conquistado o topo e agora era só se manter, né? Na verdade, ninguém estava preparado para o que viria pela frente.

Lançado em 1983, Thriller mostrou toda a genialidade e audácia de Michael. Desde o início da produção, ele planejou que aquele álbum seria o trabalho capaz de romper as barreiras da indústria cultural e marcar seu nome na música. Mesclando os gêneros do rock, R&B e pop, ele gerou um conceito único que uniu todas as tribos e quebrou tabus. Um dos mais importantes deles foi a representação negra na MTV. Antes, a emissora dava prioridade para clipes de cantores brancos. Com a pressão do público, as produções de Michael começaram a rodar no canal, dobrando a audiência da MTV. Aliás, os videoclipes nunca foram mais os mesmos depois do Rei do Pop. Remodelando o formato, ele trouxe narrativa, efeitos especiais e figurinos incríveis para seus projetos. O maior deles foi para a música Thriller, que só pode ser descrito com uma palavra: perfeito!

Sabendo que podia mais, ele foi lá e fez. No aniversário de 25 anos da Motown, o artista impressionou o mundo ao mostrar pela primeira vez o lendário passo moonwalk. Cantando Billie Jean, ele deslizava de costas, praticamente flutuando sobre o palco. Apenas icônico! Com uma divulgação pesada, Thriller quebrou todos os recordes e  até hoje é o álbum mais vendido da história.

As ações filantrópicas mantiveram seu nome em alta. Ele liderou um time de estrelas no hino We Are The World, gravado em prol da África. Michael também foi persona influente na proteção das crianças em zonas de guerra e na luta contra a AIDS.  Em uma nova fase, chegou Bad, disco que, mesmo criticado pelos especialistas, foi sucesso de vendas mais uma vez e estabeleceu um novo feito: colocou 5 singles na primeira posição da Billboard, mais importante lista dos Estados Unidos.

Na década de 90, Black Or White foi a sensação da vez. Protagonizado pela estrela-mirim Macaulay Culkin, o clipe se destacou pela inovação visual, com um recurso inusitado de transição de rostos de várias pessoas. Novamente, um arraso! O cantor também teve uma passagem pelo Brasil, onde gravou com o grupo Olodum em Salvador, mas o momento já marcava o declínio de MJ, que enfrentava acusações de pedofilia e era criticado pela brusca mudança de aparência.

A transformação de Michael de uma referência negra para um embranquecimento radical foi cercada de polêmicas, boatos e julgamentos pessoais. Na verdade, uma doença de pele e acidentes nos bastidores provocaram a mudança de sua figura para praticamente outra pessoa. Diagnosticado com vitiligo, Michael conseguia esconder as manchas brancas com maquiagem por um tempo, mas com o avanço da doença, ele optou por um procedimento para adiantar o clareamento da pele. Em 1984, quando gravava um comercial, um inesperado acidente deixou sequelas para o cantor. Seu cabelo pegou fogo e ele teve graves queimaduras no couro cabeludo, que trouxeram dores contínuas e o vício em analgésicos.  As plásticas no nariz e no rosto foram outro ponto bastante criticado pelas pessoas, fazendo o astro evitar o contato com a mídia. 

Tal como Peter Pan, Michael Jackson se enxergava como uma eterna criança. Como não teve a oportunidade de aproveitar os prazeres das brincadeiras na infância, ele se cercava de tudo que remetesse ao universo infantil. A compra do rancho batizado de Neverland (Terra do Nunca) concretizou seus sonhos mais íntimos. Equipado com parque de diversões, zoológico e cinema, o local tinha tudo para entreter o cantor e seus convidados. Michael também queria ser pai. Do casamento com a enfermeira Deborah Rowe, nasceram Prince Michael Jackson I e Paris Jackson, seus primeiros filhos. Em 2002, veio o terceiro, chamado Prince “Blanket” Michael Jackson II, que nunca teve a identidade da mãe divulgada ao público.

Descrito como uma pessoa pura e inocente, ele nutria um profundo amor pelas crianças e desenvolvia uma relação de amizade com elas. Contudo, as denúncias de abuso infantil, exploradas por entrevistas e documentários, abalaram sua imagem. As acusações não foram confirmadas por falta de provas, porém os processos e acordos custaram muita grana e para pagar as dívidas, ele teve que leiloar diversos de seus bens.

Após anos longe dos palcos, um anúncio animou todos os fãs: o rei do pop voltaria às performances em 2009, com a turnê This Is It. O primeiro show seria em Londres e os ingressos se esgotaram em pouco tempo. Infelizmente, no dia 25 de junho, Michael teve uma parada cardiorrespiratória, causada pela combinação de medicamentos, e faleceu horas depois. O médico particular do cantor foi responsabilizado pela overdose letal e cumpriu pena de 2 anos pela morte do astro.

Mas você acha que o falecimento de uma personalidade tão importante não iria render teorias da conspiração? A possibilidade de Michael continuar vivo começou com aparições relatadas por admiradores do cantor em locais aleatórios. Os boatos e mensagens nas redes sociais são variadoss, e muito se especula sobre Michael ter forjado sua morte para escapar de cobranças milionárias ou porque ele apenas queria aproveitar uma vida comum. Assim como Elvis, para muitos, a morte de Michael Jackson é um mistério.

https://www.letras.mus.br/blog/michael-jackson-biografia/

 

 

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