FLORIANOPOLIS
Florianópolis é a capital do
estado de Santa Catarina, que está localizado na região Sul do Brasil. A cidade
ocupa todo o território da ilha de Santa Catarina e uma pequena porção
litorânea do continente. A ligação entre a área continental e a insular é feita
por três pontes. A mais antiga de todas, a Hercílio Luz, que é a maior ponte
pênsil no Brasil, foi tombada como patrimônio histórico e está em processo de
recuperação para que passe, novamente, a receber tráfego. Ela é um dos
cartões-postais da cidade.
Florianópolis é a terceira cidade
mais rica do estado de Santa Catarina, atrás apenas de Joinville e Itajaí. O
Produto Interno Bruto (PIB) da capital catarinense é de R$ 21,05 bilhões, o que
corresponde a 7% do PIB estadual, conforme apontam os dados do IBGE para o ano
de 2018. A economia de Florianópolis é liderada pelo setor terciário. Esse
segmento responde por pouco mais de 75% da arrecadação de riquezas no
município, mesmo desconsiderando as atividades atreladas ao setor público, o
que torna o montante ainda mais expressivo. Dessa forma, temos que mais de três
quartos da economia do município é formada pelos serviços e pelas atividades
comerciais. O turismo é uma importante fonte de arrecadação de Florianópolis,
notadamente no verão. Os visitantes vão em busca especialmente das praias, das
quais se destacam Jurerê Internacional e Tradicional, Praia da Daniela, Praia
da Joaquina, Praia da Lagoa, entre outras, somando mais de 40 localidades.
Embora não disponha de um extenso conjunto de indústrias, Florianópolis
apresenta um amplo parque tecnológico e de inovação, sendo responsável pela
movimentação de outros ramos da economia direta ou indiretamente ligados às
empresas da informação e da comunicação. A indústria responde por 8,77% do PIB
da capital catarinense, enquanto o setor agropecuário é responsável por uma
parcela de 0,28%. Nesse segmento a produção de Florianópolis se sobressai nos
pescados, em especial a ostra, sendo um dos maiores produtores nacionais desse
molusco.
A grande maioria dos moradores da
capital catarinense vive na sua zona urbana e uma pequena parcela fica na zona
rural. Ambas as situações demandam, assim, uma série de serviços essenciais e
uma rede de infraestrutura para atender às necessidades básicas dessa
população. O IBGE (2010) aponta que pouco mais da metade dos domicílios, por
volta de 54,4%, estava situada em áreas com urbanização adequada, isto é, com
pavimentação, calçadas e bueiros. O acesso ao esgotamento adequado abrangia
87,8% das residências. A rede geral de abastecimento de água atendia a 93,5%
dos domicílios de Florianópolis, enquanto 99,9% tinham acesso à energia elétrica.
A conexão entre a Ilha de Santa Catarina e o continente é feita por meio das
pontes Hercílio Luz, Colombo Sales e Pedro Ivo Campos, permitindo assim o
translado entre as diferentes áreas da capital catarinense. Algumas rodovias
federais e estaduais interconectam a capital com outras cidades e regiões do
país, como é o caso da BR-282. O Aeroporto Internacional de Florianópolis
Hercílio Luz, que fica na capital, é o principal do estado de Santa Catarina.
A cultura de Florianópolis possui
muitos elementos da cultura açoriana e dos demais povos que migraram em direção
à Ilha de Santa Catarina. A cidade dispõe de um rico conjunto folclórico de
lendas, danças e festividades, o qual lhe rendeu a alcunha de Ilha da Magia.
Além disso, esse apelido pode ter referência direta às belas paisagens
observadas ao longo de toda a zona costeira da capital catarinense. Entre as
lendas estão a das pedras da Praia de Itaguaçu, que — dizem — seriam bruxas
petrificadas, e a de que o mapa das ilhas que compõem a capital tem o formato
de uma silhueta de bruxa.
A praia de Jurerê é um dos
principais destinos turísticos de Florianópolis, além das praias da Joaquina,
Ilha do Campeche, Praia Mole, Praia do Forte, Praia da Lagoinha e outras. A
cidade conta com muitas edificações e monumentos históricos que recontam seu
processo de formação e povoamento, como a Fortaleza de São José da Ponta
Grossa, patrimônio histórico de Florianópolis, o Palácio Cruz e Souza, que
abriga também o Museu Histórico de Santa Catarina, e o Forte Santo Antônio dos
Ratones.
A região onde hoje está situada
Florianópolis era, desde muito antes da chegada dos colonizadores, habitada
pelos indígenas tupi-guarani. Com o princípio da colonização brasileira e do
avanço dos europeus pelo sul da América do Sul, as embarcações somente passavam
pela área sem se fixar. No ano de 1675, portanto ao final do século XVII, teve
início o povoamento da atual capital catarinense, com o estabelecimento de
Francisco Dias Velho, intensificando a partir de então a chegada de imigrantes
oriundos da Região Sudeste. Os primeiros fortes passaram a ser construídos no
século XVIII, como estratégia de proteção ao território insular. O avanço no
povoamento de Florianópolis fez progredir também a economia do local, a qual
era composta predominantemente por atividades primárias e pelas manufaturas. A
partir do momento em que se tornou capital da Província de Santa Catarina, em
1823, iniciou-se o processo de modernização e urbanização da cidade.
Florianópolis é hoje um dos principais centros urbanos de Santa Catarina,
reunindo a segunda maior população do estado. A influência açoriana é
fortemente sentida na maneira de falar do “manezinho” — como é chamado o
cidadão nativo da ilha —, na culinária, nas festas populares e no artesanato
(rendas e conchas). Atualmente vivem em Florianópolis 421.203 pessoas (censo de
2010), distribuídas numa área de 436 km2 (incluída a parte continental).
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