CURITIBA
Curitiba é a capital do estado do
Paraná, na região Sul do Brasil. É considerada referência mundial em
planejamento urbano.
Curitiba é uma das cidades mais
ricas do Brasil. Seu Produto Interno Bruto (PIB) é de R$ 87,15 bilhões, o maior
entre os municípios paranaenses e o quinto mais expressivo em escala nacional.
Excluindo-se as atividades administrativas e de caráter público, o setor
terciário, que corresponde ao comércio e aos serviços, responde por quase 70%
do PIB curitibano. Destacam-se nessa área as atividades comerciais e também
aquelas ligadas ao setor turístico. Não obstante o setor secundário responda
por uma parcela de 17,68% do PIB de Curitiba, a indústria desempenha importante
papel econômico, tanto no município quanto na sua região metropolitana, os
quais concentram algumas das maiores indústrias nacionais e internacionais de
diversos ramos produtivos. A regional Centro Industrial de Curitiba (CIC)
abriga as principais plantas instaladas na cidade, e consiste na maior regional
em extensão do município. Algumas das empresas encontradas em Curitiba atuam no
ramo da construção civil, químico e petroquímico, farmacêutico, siderúrgico,
moveleiro e outros. A participação do setor primário na economia municipal é de
apenas 0,02%, conforme apontam os dados do IBGE para 2018, uma das mais baixas
do Paraná. A maior parte das terras estava ocupada com lavouras temporárias,
das quais se destacam as de feijão, batata, mandioca, milho e soja. A criação
de animais, por sua vez, é liderada pela pecuária bovina.
A cidade de Curitiba possui a
totalidade dos seus domicílios em área urbanizada. De acordo com o IBGE, 96,3%
dessas unidades têm acesso a esgotamento sanitário adequado. Aproximadamente
76% estão situados em vias arborizadas, enquanto os domicílios em vias públicas
adequadas chegam a 59%. A rede municipal de abastecimento de água chega a quase
todas as casas curitibanas (99,1%), e o mesmo ocorre com o sistema de energia
elétrica, que atende 99,6% dos domicílios. A capital paranaense se destaca pela
sua Rede Integrada de Transporte Coletivo (RIT), que promove a interligação
entre diferentes estações de ônibus por meio dos terminais de integração,
permitindo ao passageiro o pagamento de uma só tarifa e o trânsito por
diferentes linhas. Em determinadas áreas, os ônibus transitam por corredores
exclusivos para esse tipo de transporte. A cidade dispõe, ainda, de uma Linha
Turismo, que funciona exclusivamente para os deslocamentos entre os principais
pontos turísticos curitibanos.
Curitiba dispõe de uma rica vida
cultural, que se expressa por meio dos seus cinemas, teatros, bibliotecas,
museus, locais históricos, pontos turísticos e centros culturais da cidade. O
calendário de celebrações e festividades é composto por festivais de música, de
teatro, dos quais se destaca o Festival de Teatro de Curitiba, considerado o
maior da América Latina, de cinema e outros, como o Festival de Etnias do
Paraná e as bienais internacional e de quadrinhos. Muitas das manifestações
culturais tradicionais da capital paranaense e do sul do país podem ser vistas
nas feiras de artesanato e de artes plásticas que ocorrem pela cidade.
Localiza-se na cidade o Museu do Holocausto, que reúne um acervo de itens e
elementos que mantêm viva a memória daqueles que perderam suas vidas nos campos
de concentração, além de dar voz aos sobreviventes do genocídio perpetrado
pelos nazistas. Outros museus compõem a cena cultural curitibana, bem como
memoriais dedicados às culturas dos imigrantes ucranianos, japoneses, árabes e
poloneses. Entre os locais de ampla visitação estão o Jardim Botânico, a Ópera
de Arame, a Torre Panorâmica, o Mercado Municipal e o setor histórico da cidade.
Os primeiros portugueses a chegar
à região da atual Curitiba foram os bandeirantes, em busca de ouro. No final do
século XVII, já havia ali um pequeno povoado, que em 1693 deu origem à Vila de
Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Em 1721, a vila recebeu o nome de Curitiba.
Também nessa época surgiram as primeiras preocupações com o planejamento
urbano. Nenhuma casa podia ser construída sem autorização do governo local e
todas deviam ser cobertas com telhas. As ruas que fossem iniciadas deveriam ser
continuadas para que a vila crescesse com uniformidade. O corte de árvores só
podia ser feito em áreas previamente delimitadas. No entanto, como fazia parte
da capitania de São Paulo, Curitiba era uma cidade secundária, relativamente
pobre e esquecida. A prosperidade só veio a partir de 1812, com os tropeiros,
que conduziam gado do Rio Grande do Sul a Minas Gerais. Localizado entre esse
dois destinos, o povoado teve grande incentivo econômico graças aos viajantes
que precisavam de hospedagem e de gêneros básicos. Com o desenvolvimento
econômico veio a emancipação do Paraná, que passou a ser província do Império
do Brasil em 1853. Curitiba, já na condição de cidade, tornou-se capital da
província. Ainda no final do século XIX, a administração municipal promoveu uma
intensa colonização da cidade, por meio da imigração de italianos e poloneses.
Foram fundados núcleos coloniais nos arredores de Curitiba, para
desenvolvimento de atividades agrícolas. Também surgiram as primeiras
indústrias da região. Na segunda metade do século XX, a cidade iniciou um plano
de “humanização urbana”. As melhorias na infraestrutura municipal tinham a
finalidade de melhorar a qualidade de vida da população. Foram criados
corredores exclusivos para os ônibus, que passaram a funcionar como uma espécie
de metrô de superfície, com estações-tubo que permitem o embarque rápido,
economizando tempo. Por isso, os ônibus passaram a ser chamados de
“ligeirinhos”. Curitiba tem 1.746.896 habitantes e é o município principal da
região metropolitana conhecida como Grande Curitiba, que reúne 26 cidades,
totalizando 3.168.980 habitantes (censo de 2010).
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