BOLÍVIA

BOLIVIA

País da América do Sul, a Bolívia tem paisagens impressionantes, com desertos, selvas e picos cobertos de neve. Sua cultura é uma mescla das influências indígena e espanhola. A capital judiciária do país é Sucre, mas os poderes executivo (governo) e legislativo (congresso) ficam em La Paz, a capital administrativa. Com área de 1.098.581 km2, a Bolívia tem cerca de 10.887.000 habitantes (estimativa de 2017).

A Bolívia tem fronteiras com o Brasil, o Paraguai, a Argentina, o Chile e o Peru. A oeste, a cordilheira dos Andes se estende de norte a sul em duas cadeias paralelas. O Altiplano (planalto), frio e seco, fica entre elas. Mais da metade do país se situa na região tropical, que vai do norte (floresta Amazônica) até as terras baixas do leste. O Chaco, ao sul, é pantanoso na época das chuvas, mas quente e desértico no resto do ano. O planalto no noroeste é em parte coberto de gramíneas, em parte desértico. Densas florestas de pinheiros, loureiros e cedros recobrem as encostas das montanhas. Algumas gramíneas, arbustos e pequenas árvores que não requerem muita água crescem no sul. Mognos e seringueiras são típicos das florestas tropicais do norte.

Atualmente, 65 por cento dos bolivianos são indígenas, principalmente dos povos aimará e quíchua. Os quíchuas são descendentes dos incas. Indígenas misturados com europeus (mestiços) constituem 30 por cento dos habitantes do país. A parcela restante da população é branca, a maioria descendente de espanhóis. O aimará, o quíchua e o espanhol são as línguas oficiais. O catolicismo é a principal religião. Mais da metade da população mora nas cidades.

A Bolívia é um dos países mais pobres da América do Sul. Contudo, tem muitas reservas de gás natural e é um grande produtor de zinco e ferro. A maioria dos habitantes trabalha na agricultura, nas fábricas e no comércio. Cultivam-se a cana-de-açúcar, a soja, o milho e a batata. Na pecuária, criam-se bois e carneiros. As principais indústrias são de alimentos, bebidas, roupas, cimento, tabaco, refino de minérios e exploração de petróleo e gás.

No leste do país, a província de Santa Cruz, que é vizinha do Brasil, é um polo de desenvolvimento agropecuário e agroindustrial. Sua capital, Santa Cruz de la Sierra, é hoje a maior cidade da Bolívia.

O território da Bolívia é habitado há milhares de anos. Uma civilização avançada vivia junto ao lago Titicaca (no oeste do país) há cerca de mil anos. Depois disso, a região se tornou parte do Império Inca.

Os espanhóis conquistaram a área no começo do século XVI e integraram a Bolívia a uma região maior, que também compreendia o território onde hoje é o Peru. Minas de prata trouxeram muita riqueza à região, mas no fim do século XVIII elas se esgotaram. Os bolivianos conquistaram sua independência da Espanha em 1825. O nome da nova república foi dado em homenagem a Simón Bolívar, que ajudou o povo da região a se libertar dos espanhóis.

Após obter a independência, a Bolívia teve vários confrontos com as nações vizinhas. Durante a Guerra do Pacífico, de 1879 a 1883, perdeu para o Chile a costa que dava para o oceano Pacífico. Na Guerra do Chaco, entre 1932 e 1935, perdeu grande parte da região do Chaco para o Paraguai. O país sempre teve dificuldades para formar um governo estável. Os militares tomaram o poder várias vezes durante o século XX. Em 2005, o país elegeu seu primeiro presidente indígena, Evo Morales, que prometeu dar à população ameríndia uma participação maior nos assuntos da nação. Morales foi reeleito em 2009 e em 2014.

 

 

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