O REALISMO NO BRASIL

O REALISMO NO BRASIL

No Brasil, o realismo surge durante do Segundo Reinado de Dom Pedro II como uma maneira de criticar a sociedade burguesa e a monarquia, expondo contradições e desigualdades sociais. Isso porque, foi o período em que ocorre a abolição da escravatura, a chegada de imigrantes e diversos avanços tecnológicos. Assim, é na figura de Machado de Assis que o movimento ganha seu maior representante nacional.

A publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi o marco do movimento no país, sendo considerado o primeiro romance realista brasileiro.

Autores e obras realistas brasileiras

Machado de Assis (1839-1908)

Machado de Assis foi um escritor negro nascido em Livramento, no Rio de Janeiro. Vindo de uma família humilde, Machado de Assis estudou por conta própria e tornou-se um dos escritores de maior reconhecimento do país. Além de romancista, Machado de Assis também foi crítico literário, jornalista, poeta, cronista e um dos fundadores da Academia brasileira de Letras.

Teve uma carreira fértil na literatura, produzindo diversas obras importantes, com destaque para Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1886), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).

Raul Pompeia (1863-1895)

Raul D’Ávila Pompeia foi escritor, jornalista e professor. Publicou em 1880 a obra Uma tragédia no Amazonas, seu primeiro romance. Mas foi com O ateneu, em 1888, que o autor ganha destaque no realismo. Pompeia foi um homem de princípios, defensor da abolição da escravatura e das causas republicanas. Deixava transparecer seus ideais em seus textos realistas, o que acabou por causar grande polêmica. Com uma vida conturbada, Raul de Pompeia comete suicídio aos 32 anos em 1895.

Visconde de Taunay (1843-1899)

Visconde de Taunay, cujo nome de batismo era Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, foi um escritor, militar e político brasileiro. Filho de família aristocrata, era defensor da monarquia e teve o título de Visconde concedido por D. Pedro II, em 1889. Mesclando aspectos do romantismo e do realismo, a obra Inocência (1872) é a mais conhecida de Taunay.

 

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