INCLUSÃO ESCOLAR
Recentemente
o Ministro da Educação andando falando sobre os alunos de inclusão, que eles
atrapalham o ambiente escolar. Primeiramente, o Ministério da Educação de fato,
nos últimos anos não existe, é somente uma peça de decoração do atual governo.
E aquela peça que fica meio escondida, não muito amostra. Posteriormente, o
senhor ministro não tem condição alguma de dar opinião sobre este tema. Mas não
quero ser injusto, pois não sei se ele já lecionou para crianças e
adolescentes, se ele já enfrentou um sexto ano. Acredito que não.
Devo
confessar também, que quando a escola em que eu trabalho começou a receber os
alunos com necessidades especiais eu fiquei com o pé atrás. E até pensei que
realmente eles pudessem atrapalhar a minha aula. Ainda bem, que como diz a
canção de Raul Seixas, “eu prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter
aquela velha opinião formado sobre tudo”; e aos poucos eu, como professor
(apesar de não ter recebido formação alguma) fui me adaptando a trabalhar com
esses alunos. E posso afirmar, com certeza, que eles não atrapalham, pelo
contrário, na maioria dos casos, são aplicados, dedicados e muito mais educados
do que muitos considerados “normais”. Claramente, que eles têm limitações, mas
temos que lembrar que em questão de conhecimento por disciplina todos nós temos
limitações. Temos mais habilidades em algumas e dificuldades em outras.
A
grande questão da inclusão na escola é estrutural. A falta de recursos humanos,
principalmente e de formações verdadeiramente apropriadas. Mas esta falta de
estrutura não é só para os alunos com necessidades especiais, é para todos os
estudantes. A educação brasileira carece de muita coisa e eu não vou me tornar
repetitivo aqui, pois todos nós sabemos que de fato a educação é legada a um
segundo ou terceiro plano, não é prioridade neste país.
Então
senhor ministro segregar os alunos não é solução para melhorar nada na
educação. Se o senhor quer melhorar a educação, inclusive a dos alunos com
necessidades especiais. Comece valorizando a carreira dos professores,
investindo nas escolas públicas, não somente entregando livros e mais livros
didáticos; a educação hoje, não se faz só com livros didáticos; as escolas
precisam ter tecnologias, mas não para ser atrativas, mas para oferecer uma
formação as nossas crianças e adolescentes de qualidade.
Professor Fabrício Colombo de
Aguiar.
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