FORTE JESUS, MARIA, JOSÉ DE RIO
GRANDE
O Forte Jesus, Maria, José de Rio
Grande localizava-se na margem direita da barra do rio Grande (atual Lagoa dos
Patos), núcleo da povoação (atual cidade) de Rio Grande, no litoral do estado
brasileiro do Rio Grande do Sul.
Remonta a uma fortificação
iniciada pelo engenheiro militar, brigadeiro José da Silva Pais, em 19 de
Fevereiro de 1737, em área fortificada provisóriamente pelo lado da campanha
pelo coronel de ordenanças Cristóvão Pereira de Abreu (importante criador
português de gado), que o aguardava em terra, e destinava-se a servir de
alojamento à tropa de 1ª Linha da expedição. Este presídio (colônia militar),
sob a invocação de Jesus, Maria, José (Presídio de Jesus, Maria, José),
constituiu o núcleo da Colônia do Rio Grande de São Pedro (Colônia de São
Pedro), fundada oficialmente em Maio de 1737, consoante as ordens recebidas do
governador da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade (1733-1763).
A escolha de seu local, bem como sua colonização com o estabelecimento de
estâncias de gado, permitia apoiar as comunicações por terra entre Laguna e a
Colônia do Sacramento, bem como oferecia ancoradouro seguro às comunicações
marítimas naquele trecho da costa, particularmente hostil à navegação.
Com o formato de um polígono
irregular foi erguido como uma paliçada de madeira retirada da vizinha ilha dos
Marinheiros, com os muros calçados por plataformas de terra apiloada. Possuía
fosso seco e revelins externos em complemento à sua defesa.
Foi conquistado por tropas
espanholas sob o comando do governador da Província de Buenos Aires, D. Pedro
de Ceballos em Abril de 1763, que ocupou ainda a margem esquerda daquele
sangradouro, esta última retomada por ordem do governador da Capitania do Rio
Grande do Sul, coronel José Custódio de Sá e Faria em 1767. Está relacionado
pelo coronel Rêgo Monteiro em 1777 (GARRIDO, 1940:149).
No século XIX, as suas
dependências abrigaram o Regimento de Cavalaria de Dragões do Rio Grande do
Sul. SOUZA (1885) menciona que, pela importância da posição em relação ao único
porto e à cidade mais comercial da Província do Rio Grande do Sul, esta
fortificação foi considerada de 1ª Classe pelo Aviso de 27 de Junho de 1857.
Tragado posteriormente pelo progresso urbano, o seu perímetro coincidiria
aproximadamente com a atual Praça Sete de Setembro, na cidade de Rio Grande.
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