Carlos Magno
Imperador da dinastia dos Carolíngios
Nessa época, a Europa estava dividida em vários reinos rivais, pois
perdera a unidade após a queda do Império Romano, no século V. Embora dividida
politicamente, a Europa estava unificada pelo catolicismo, onde o papa exercia
o poder supremo.
Pepino o Breve, filho de Carlos Martel se proclamou rei dos francos em
751 ao derrotar o último rei merovíngio, dando início à dinastia carolíngia. Ao
morrer, em 768, deixou o reino dividido entre seus dois filhos: Carlos, que
logo se tornou conhecido como Carlos Magno, e Carlomano.
Com a morte de seu pai, Pepino o Breve, Carlos Magno tornou-se, em
768, rei dos francos, governando juntamente com seu irmão Carlomano, cuja morte
precoce, em 771, deu fim à rivalidade existente entre os irmãos.
Durante seu longo reinado, Carlos Magno guerreou contra todos os que
pudessem ameaça-lo. Suas forças bem organizadas, seu poderio militar
garantiram-lhe a dominação da maior parte da Europa.
Em 774, o rei lombardo Desidério, exigia do papa Adriano I que
coroasse um de seus filhos como herdeiro do trono franco. O papa não concordou
e teve seus territórios invadidos.
Carlos Magno reúne seu exército e vai em socorro ao papa derrotando os
lombardos em Pavia. Depois desse triunfo, coroou-se rei do território
conquistado. Casado com Desiderata, filha do rei lombardo, recebe pressão do
papa e abandona a esposa.
Carlos Magno teve menos sorte em sua expansão para o sul, em 778, ao
ser derrotado no cerco a Saragoça, região ocupada pelos muçulmanos. Sete anos
depois, retornou à Espanha e conquistou a região da Catalunha, o que lhe
permitiu a criação da Marca Hispânica, território fronteiriço entre os domínios
muçulmanos e francos.
Em 777 Carlos Magno inicia a construção de seu palácio em Aquisgrana -
que os franceses chamavam de Aix-la Chapelle e os alemães, Aachen, no atual
território da Alemanha. Lá construiu uma capela e uma escola, a “Academia
Palatina”.
Em 800, o reino franco atingiu os limites máximos de expansão. Durante
uma missa de Natal, o papa Leão XIII coroou Carlos Magno Imperador do Ocidente
e senhor absoluto do Novo Sacro Império Romano. A coroação de Carlos Magno
trouxe a legitimação de seu domínio sobre Roma e a aproximação entre o reino
franco e o papado.
A criação do império foi legitimada, sobretudo, pelos esforços de
Carlos Magno no sentido de elevar o nível cultural de seus domínios tão
heterogêneos e de dotá-los de uma eficaz estrutura econômica, administrativa e
judicial.
Foram instaladas escolas em vários outros centros do Império, em sua
maioria, fundadas junto a mosteiros e bispados, onde se lecionava gramática,
retórica, geometria, aritmética, latim, astronomia, música e outras matérias.
Nas artes em geral destacou-se a arquitetura. Esse período de florescimento das
artes e da cultura ficou conhecido como “Renascimento Carolíngio”.
A unidade do império não durou muito, após a morte de Carlos Magno, em
um tratado assinado na cidade de Verdun, em 843, Luís dividiu o império
carolíngio entre seus herdeiros: Lotário I, que recebeu o Reino de Lotário, na
região central, Carlos o Calvo, que herdou o reino Franco Ocidental, núcleo da
futura França, e a Luís, o Germânico, coube o Reino Franco Oriental, no
território compreendido pela Alemanha atual.
Carlos Magno faleceu em seu palácio, em Aquisgrana, Alemanha, no dia
28 de janeiro de 814.
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