A política de portas abertas
No século XIX, o desenvolvimento
das nações imperialistas contribuiu para um quadro de fortes tensões entre as
potências capitalistas. Observamos que a quebra da hegemonia britânica na
economia internacional inseriu outras nações que tinham interesses semelhantes
aos do país considerado “o berço da Revolução Industrial”. França, Bélgica,
Japão, Alemanha e Itália são algumas dessas nações que modernizaram suas
economias e logo saíram à procura de regiões de exploração na Ásia e na África.
Temendo que suas terras fossem
invadidas por algum concorrente, os países imperialistas realizaram uma intensa
aquisição de armas. Ao mesmo tempo, observamos que a diplomacia destas nações
trabalhava para firmar alianças militares que oferecessem garantias em um
possível conflito de maiores proporções. Em um contexto marcado pelo forte
espírito nacionalista, podemos ver que as poderosas nações europeias trilhavam
um arriscado caminho para a guerra.
Indo na contramão dessa
tendência, os Estados Unidos ofereciam a chamada “política de portas abertas”
para a exploração dos territórios imperialistas. Segundo esse preceito, todas
as grandes nações capitalistas teriam direitos iguais ao realizarem a
colonização e a administração de seus territórios. Dessa forma, o clima de
concorrência e desconfiança seria revertido.
Aparentemente, os políticos
norte-americanos acreditavam que os princípios liberais da livre-concorrência
deveriam ser respeitados nessa situação. Entretanto, se o governo estadunidense
pregava a “abertura das portas” no caso afro-asiático, ele se contradizia
quando a mesma questão se dirigia ao continente americano. Retomando os dizeres
de um discurso do presidente James Monroe, os Estados Unidos defendiam a “América
para os americanos”. Com o passar do tempo, mas que um simples princípio de
autonomia, essa doutrina refletiu a própria ação imperialista norte-americana
junto aos países latino-americanos.
Por fim, a disputa imperialista
inseriu várias nações nos conflitos que marcaram a Primeira Guerra Mundial
(1914 - 1918). Durante um bom tempo, os EUA se mantiveram neutros, oferecendo
apenas apoio financeiro e econômico para os membros da Tríplice Entente.
Contudo, em 1917, se viram forçados a enviar tropas para o Velho Mundo depois
que a Alemanha atacou embarcações norte-americanas e ameaçou o país com a
consolidação de uma aliança junto ao México.
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-politica-portas-abertas.htm
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