SOCIALISMO CRISTÃO OU
CRISTIANISMO SOCIAL
Percebendo os avanços de
movimentos sociais que questionavam as estruturas vigentes e, com isso, temendo
perder adeptos, a Igreja Católica passou a se posicionar em relação a tais
problemas. Em 1891, o papa Leão XIII publicou a encíclica Rerum Novarum, em uma
tentativa de harmonizar as relações entre o capital e o trabalho. O documento
condenava o capitalismo selvagem, no qual os capitalistas exploravam
desmedidamente os trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, também condenava o
socialismo marxista, por seu caráter ateísta e materialista, considerando-o
pecado.
Para a Igreja Católica, era
possível existir uma variação do capitalismo sem a exploração exagerada, desde
que o patrão controlasse sua ânsia excessiva pelo lucro, e o trabalhador, sua
natural insubordinação contra “aqueles que o alimentavam”. Na verdade, a
Igreja, através da Rerum Novarum, continuava a adotar um posicionamento neutro
diante dos grandes debates da sociedade.
A Rerum Novarum foi a inspiração
para outros posicionamentos da Igreja, como a Quadragesimo Anno (1931), do papa
Pio XI; a Mater et Magistra (1961) e Pacem in Terris (1963), de João XXIII, e
as Populorum Progressio (1967) e Humanae Vitae (1968), de Paulo VI.
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