O ROMPIMENTO SINO-SOVIÉTICO EM
1960
Mao Tsé-Tung era um dos líderes
comunistas que se opunham às reformas propostas por Khrushchev. O líder chinês
temia que um processo parecido ocorresse em seu país e, por isso, começou a
alegar que Khrushchev estava traindo os ideais socialistas. Vale ressaltar,
ainda, que, desde que assumiu o poder em 1949, Mao procurava viabilizar um
programa econômico chamado Grande Salto Adiante.
O plano, declaradamente inspirado
na política stalinista, previa a coletivização forçada da terra e a
industrialização acelerada do país para que este pudesse liderar o bloco
socialista. Como os planos de Mao Tsé-Tung não prosperaram e a liberalização de
Khrushchev colocava a hegemonia do líder chinês em risco, este anunciou, em
1960, o rompimento das relações diplomáticas entre a China e a URSS, episódio
conhecido como Rompimento Sino-Soviético.
Inicialmente, a cisão foi mais
prejudicial para os chineses, afinal, a União Soviética retirou seus técnicos e
toda ajuda que havia sido concedida aos orientais. Além disso, ao contrário do
que desejava Mao TséTung, Moscou continuou mantendo sua esfera de influência
sobre os países do bloco socialista. Um dos únicos países vinculados à esfera
soviética que se posicionou abertamente ao lado da China foi a Albânia, que, na
verdade, não tinha um peso político importante no mundo socialista.
Percebendo o enfraquecimento dos
comunistas em nível global, os Estados Unidos se aproveitaram de uma ausência
da União Soviética em uma das reuniões da ONU e, em 1971, substituíram a Ilha
de Formosa pela China para ocupar uma vaga de membro permanente do Conselho de
Segurança da instituição. A clara provocação aos soviéticos passou a alimentar
ainda mais as divergências entre os comunistas e foi fundamental para o
resultado final da Guerra Fria.
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