DISTENSÃO DA GUERRA FRIA
Em 1964, a ala conservadora
comunista soviética, insatisfeita com as reformas pacificadoras realizadas por
Khrushchev, assim como com suas consequências, depôs o líder soviético. O
escolhido para ocupar o cargo foi Leonid Brejnev, que, diferentemente de seu
antecessor, adotou um conjunto de medidas repressivas que ficaram conhecidas
como Doutrina Brejnev.
Um exemplo da nova postura
soviética ocorreu na Tchecoslováquia, em 1968, quando houve uma manifestação em
prol da democratização do país, conhecida como Primavera de Praga. Sob a
liderança do comunista Alexander Dubcek, estudantes, intelectuais e
trabalhadores manifestaram-se contra a opressão que Moscou exercia na
Tchecoslováquia e declararam a ruptura com a União Soviética. A reação de
Moscou foi imediata, e, por ordem de Brejnev, as tropas do Pacto de Varsóvia
invadiram o país, depuseram Dubcek e mantiveram o regime socialista na
Tchecoslováquia.
Ainda durante o governo de
Brejnev, a URSS comandou a invasão do Afeganistão, alegando ajuda ao governo
afegão, que enfrentava inimigos externos. Na verdade, Moscou temia que a
expansão do islamismo naquele país enfraquecesse seu domínio sobre as
repúblicas soviéticas de maioria islâmica (Turcomenistão, Tajiquistão,
Cazaquistão, etc.), uma vez que as manifestações culturais e religiosas dessas
repúblicas eram reprimidas.
Diante da investida soviética, os
Estados Unidos se limitaram a financiar e a treinar guerrilheiros afegãos para
que estes pudessem lutar contra os soviéticos. Curiosamente, um dos líderes da
resistência afegã era Osama Bin Laden, treinado pela CIA, mas que, após os
atentados de 2001, foi considerado foragido pelo governo estadunidense. Em maio
de 2011, enfim, Bin Laden foi morto após uma operação financiada pelo governo
norte-americano.
Comentários
Postar um comentário