CUBA – DA REVOLUÇÃO AOS DIAS DE
HOJE
No período anterior à Revolução
Cubana, Cuba era governada pelo ditador Fulgêncio Batista, comprometido com os
interesses dos Estados Unidos. Em 1959, um grupo de guerrilheiros, liderados
por Fidel Castro e Che Guevara, que lutavam contra a ditadura a partir de bases
rurais, tomou o poder da ilha. Logo que assumiu, o novo governo decretou a
reforma agrária e a nacionalização de diversas empresas estadunidenses
instaladas em território cubano.
Em 1961, após uma série de
retaliações por parte dos Estados Unidos, Fidel implantou o socialismo em Cuba,
trazendo sérias implicações para a política e para a economia cubanas.
Economicamente, quando os estadunidenses decretaram o embargo ao país, foi
necessário o auxílio financeiro da União Soviética para que os cubanos pudessem
se sustentar. Apoiado, portanto, pelos soviéticos, o regime castrista conseguiu
combater o analfabetismo, realizar grandes investimentos em educação e saúde,
melhorar os indicadores sociais e se consolidar na liderança de alguns setores,
como a medicina e os esportes olímpicos.
Após a consolidação da aliança
entre Cuba e a URSS, os Estados Unidos, que protagonizavam a Guerra Fria junto
aos soviéticos, passaram a considerar os cubanos como inimigos perigosos, dada
a proximidade daquela ilha com o território norteamericano. Em 1961, portanto,
liderado por John Kennedy, o governo estadunidense comandou uma série de
retaliações à Cuba, chegando, inclusive, a patrocinar alguns exilados cubanos
para que estes pudessem invadir a ilha e depor Fidel Castro do poder.
Mesmo diante do fracasso da
investida à ilha – que ficou conhecida como a Invasão da Baía dos Porcos –, as
constantes hostilidades ocorridas na região do Caribe levavam o mundo a crer
que um conflito armado se aproximava. As tensões aumentaram ainda mais em 1962,
quando, durante uma das espionagens realizadas pelos órgãos de segurança
estadunidenses, estes descobriram, através de fotos de satélite, que os
soviéticos estavam implantando plataformas de lançamento de mísseis nucleares
em Cuba. Imediatamente os Estados Unidos ameaçaram invadir a ilha, mobilizando
seus aparatos bélicos na Turquia, que seria utilizada para que a URSS fosse
atacada.
Para solucionar a crise, os
soviéticos resolveram retirar as plataformas instaladas, com a condição de que
o governo socialista de Fidel Castro fosse mantido em Cuba. Dessa forma, por meio
de um acordo diplomático, as ameaças entre as superpotências não levaram o
mundo a uma guerra nuclear. Além disso, esse acordo permitiu que, por mais de
vinte anos, os soviéticos sustentassem o regime cubano, que vendia de forma
superfaturada o seu açúcar e comprava petróleo soviético subfaturado.
Atualmente, Cuba vive uma crise
econômica derivada do colapso do socialismo real e, consequentemente, do m da
ajuda da URSS, desmantelada, oficialmente, por Gorbachev em 1991.
Principalmente após o afastamento de Fidel Castro por motivos de saúde em 2008,
o regime cubano tem promovido uma lenta abertura econômica, que ainda não se
refletiu no campo político. A principal fonte de renda do país – agora
comandado por Raul Castro, irmão de Fidel – é o turismo, que tem se aberto para
investimentos externos, principalmente de empresários da União Europeia.
Comentários
Postar um comentário