ARTE RUPESTRE
A arte rupestre é reconhecida
como uma das mais antigas manifestações estéticas do homem ao longo de toda sua
história. O termo rupestre vem do francês e significa “gravação” ou “traçado”,
fazendo referência direta às técnicas empregadas nas pinturas que representam
esse tipo de expressão artística. Encontrada geralmente nas paredes das
cavernas e em pequenas esculturas, a arte rupestre tem grande importância na
busca de informações sobre o cotidiano do homem pré-histórico.
Para alguns especialistas, o
reconhecimento dessas pinturas como sendo algum tipo de arte é bastante
complicado, pois nem sempre temos a completa certeza de que as pinturas tratam
de algum sentido representativo ou estético. Além disso, muitas pessoas se
equivocam ao pensar que a arte rupestre se localiza somente na Pré-História.
Pesquisas recentes comprovam que esse tipo de arte se desenvolveu em diferentes
periodizações da história do homem.
Atualmente, algumas estatísticas
indicam a existência de aproximadamente 400 mil sítios arqueológicos com arte
rupestre ao redor de todo o mundo. A África, principalmente nas regiões sul e
do Deserto do Saara, concentra a maior quantidade de pinturas e gravuras desse
tipo. No Brasil, a arte rupestre é abundante nos sítios arqueológicos
encontrados na região do Parque Nacional da Serra da Capivara, onde está o
grande sítio de São Raimundo Nonato, localizado no estado do Piauí.
As dificuldades encontradas para
se reconhecer e interpretar pinturas rupestres é um enorme desafio para os
arqueólogos, paleontólogos e demais especialistas envolvidos com esse tipo de
pesquisa. Alguns acreditam que os registros deixados há milhares de anos
poderiam indicar uma forma de linguagem desenvolvida. Outras hipóteses levantam
a possibilidade de que os desenhos rupestres, principalmente os encontrados no
interior das grutas, teriam algum sentido religioso ou cerimonial.
Em linhas gerias, podemos
reconhecer a presença de vários temas sendo privilegiados no interior desse
tipo de manifestação artística. Em algumas pinturas, temos a produção de
traços, formas circulares e formas geométricas. Além disso, temos a recorrência
de impressões que reproduzem mãos e pés humanos, bem como as patas de
diferentes animais. Em outras manifestações rupestres temos a representação do
próprio homem, de animais e de cenas cotidianas que nos conta sobre as
atividades dos grupos pré-históricos.
Para realizar seus registros, a
arte rupestre faz o uso de uma diversidade de materiais e técnicas. Gravado usualmente
em superfícies rochosas, os autores rupestres faziam uso dos dedos ou de algum
utensílio que orientasse o desenho a ser realizado. Para fabricar a “tinta”
faziam uso do carvão, de fragmentos de óxido de ferro, clara de ovo, água e
sangue. Além disso, essa arte também é dividia em diferentes periodizações que
organizam suas mais variadas vertentes.
Tomando como referência a
organização social do indivíduo, a arte rupestre pode ser fracionada em quatro
grupos distintos: os “caçadores-coletores arcaicos”, os “caçadores evoluídos”,
os “criadores de rebanhos” e as “sociedades complexas”. Do ponto de vista
temporal, se divide no período levantino (6.000 – 4.000 a.C.), onde predominam
as representações cotidianas com grande movimento, e o da arte esquemática (
4.000 a.C. – 1.000 a.C.), tempo em que as formas mais abstratas ganharam
espaço.
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/a-arte-rupestre.htm
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