ANARQUISMO
O anarquismo – representado por
Peter Kropotkin (1842-1921) e Mikhail Bakunin (1814-1876) – defendia a abolição
de toda espécie de autoridade. Para os anarquistas, os homens somente devem
estar submetidos à natureza, ao bom senso e ao senso comum.
A sociedade seria organizada em
comunidades de autoabastecimento, em que as trocas não teriam fins lucrativos.
Ainda de acordo com os anarquistas, todo Estado é opressor, devendo ser,
portanto, abolido, assim como a propriedade privada e as classes sociais. Em
outras palavras, o objetivo afinal do anarquismo e do marxismo é o mesmo.
Apesar das semelhanças iniciais,
é válido ressaltar que a forma de atingir esse objetivo é controversa entre as
duas ideologias. Para o marxismo, a construção do comunismo passa pela fase de
transição, o socialismo. Já o anarquismo, contrário ao Estado – existente na
fase socialista –, defende a passagem direta do capitalismo ao comunismo.
Surgiu, paralelamente ao
anarquismo, o anarcossindicalismo,
teoria que defende os sindicatos como meios de educação ideológica do operário.
Os anarquistas se opuseram a essa adaptação por negarem toda espécie de
estrutura hierárquica, inclusive os sindicatos.
Assim, o que os diferencia é que
os anarcossindicalistas veem uma funcionalidade nos sindicatos, responsáveis
por educar o trabalhador para a posterior implantação da sociedade anárquica.
Apesar das diferenças, essas duas vertentes tiveram forte influência no
movimento operário brasileiro, na segunda metade do século XIX e na primeira
década do século XX.
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