A INFLUÊNCIA DO ROMANTISMO NA
SOCIEDADE DO SÉCULO XIX
Apesar de o Romantismo também ter
surgido no final do século XVIII, ele influenciou fortemente a cultura europeia
no início do século XIX. Os românticos eram conhecidos por discordarem dos
iluministas e, ao contrário de valorizar a razão, como faziam os ilustrados,
ressaltavam os sentimentos como os principais elementos para a vida de um homem
e, logo, para a sociedade. A essência do Romantismo foi bem representada na
obra de John Keats, que escreveu: “Oh! Uma vida de sensações é muito melhor que
uma só de pensamentos”.
A fala de Keats também revela
outra característica do Romantismo: a valorização do “eu interior”, elemento
explorado como força primitiva e fonte de inspiração criativa do homem. Esse
“eu interior”, tão admirado pelo Romantismo, foi reinterpretado posteriormente
e denominado de inconsciente por Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, um dos
principais expoentes influenciados pelo pensamento romântico.
Os regimes fascistas surgidos no
século XX também se basearam na exaltação dos sentimentos e no desprezo pelo
racionalismo para construir sua base de apoio das massas. Deve-se ressaltar,
entretanto, que os românticos possuíam um enorme respeito pela individualidade
humana, contrariando o nacionalismo exacerbado e racial do nazismo, por
exemplo. Dessa forma, não se pode dizer que o pensamento romântico foi o
responsável pelo sentimento racista e belicista surgido na Alemanha no início
do século XX.
As divergências entre os
ilustrados e os românticos também passavam pela interpretação que ambos faziam
sobre a Idade Média. Enquanto os iluministas a consideravam uma idade de
trevas, mitos e superstições religiosas, os românticos consideravam-na rica em
heróis, mistérios e emoções. Para os românticos, a História era dotada da alma
e dos sentimentos dos indivíduos que haviam participado da sua construção.
As divergências entre os
ilustrados e os românticos também passavam pela interpretação que ambos faziam
sobre a Idade Média. Enquanto os iluministas a consideravam uma idade de
trevas, mitos e superstições religiosas, os românticos consideravam-na rica em
heróis, mistérios e emoções. Para os românticos, a História era dotada da alma
e dos sentimentos dos indivíduos que haviam participado da sua construção.
Vale ressaltar, também, que os
românticos, assim como os socialistas, foram importantes críticos do
capitalismo industrial, que, segundo eles, apesar de gerar um grande
desenvolvimento tecnológico, acarretava uma subordinação do indivíduo aos
interesses do capital e, por isso, era um dos piores males do novo século que
se iniciava.
O nacionalismo está relacionado a
símbolos como bandeira, língua, cultura, tradição, etc. Esses elementos criam a
identidade de um grupo de pessoas que partilham de um sentimento de união,
apesar de suas diferenças. A essência do nacionalismo – que ganhou enorme força
durante o século XIX – pôde ser percebida ainda no início da Idade Moderna,
quando houve a consolidação da maioria dos Estados Nacionais europeus e, logo,
a implantação de línguas, bandeiras e culturas comuns nos novos Estados
unificados.
A disseminação do nacionalismo no
século XIX pode ser atribuída principalmente à atitude de Napoleão Bonaparte.
Ainda no início do século, o imperador francês promoveu invasões em diversas
partes do continente europeu, exaltando sempre os ideais da Revolução Francesa.
Assim, grande parte dos povos que foram submetidos ao Império Napoleônico
passou a se apropriar de princípios como a soberania e a cidadania buscando se
desvincular econômica, política e racialmente do domínio francês.
Os maiores exemplos da ideologia
nacionalista do século XIX foram materializados pelas unificações da Itália e
da Alemanha, processos que aumentaram ainda mais a rivalidade entre os Estados
Nacionais europeus e resultaram em diversos conflitos armados, como a Primeira
Guerra Mundial.
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