AS GRANDES NAVEGAÇÕES E A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO


 

AS GRANDES NAVEGAÇÕES E A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO

Apesar dos profundos avanços do homem moderno em diversos setores do conhecimento, o pensamento mítico e religioso ainda era muito presente no século XV. As narrativas fantásticas, oriundas das obras de viajantes anteriores, fomentaram os navegantes europeus a repetir aventuras semelhantes. Destacam-se, nesse sentido, os feitos do viajante Marco Polo, legados a inúmeras gerações.

Segundo os registros medievais, o jovem Marco Polo partiu em viagem para a Ásia em 1272 acompanhado de seu pai, Niccolo, e do seu tio, Maffeo. Durante décadas, conheceu povos e culturas distantes, viajando em regiões como índia e Pérsia. Seu destino final foi a corte do rei mongol Kublai Khan, responsável por governar o maior dos impérios existentes em sua época. Os detalhes presentes na narrativa do viajante incentivaram navegadores, como Cristóvão Colombo, a reproduzir tais feitos.

A história de Marco Polo também colaborou para a construção do mito acerca do reino de Preste João, rei cristão e detentor de riquezas jamais vistas. Apesar de o viajante Marco Polo narrar a morte do monarca por rivalidades com Gengis Khan, o mito reaparece em solo africano, como esperança da cristandade em deter o avanço islâmico junto à luta de Reconquista.

A necessidade de confirmar as narrativas míticas e a busca por riqueza e projeção social motivaram os navegantes europeus a enfrentarem toda a sorte de adversidades como fome, doenças, naufrágios e ataques. Persistiam também temores imaginários, como monstros e abismos, vistos até então como grandes responsáveis pelo desaparecimento de muitas embarcações.

 

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