A ditadura de Júlio César
A morte do general Crasso, em 53
a.C., estabeleceu uma crise política entre os dois membros restantes do
Primeiro Triunvirato: Júlio César e Pompeu. Nessa época, o Senado romano
decidiu apoiar Pompeu concedendo-lhe a liderança do governo contra os vários
grupos armados que ameaçavam a estabilidade política de Roma. Com isso, Júlio
César foi obrigado a entregar os exércitos que estavam sob seu controle.
Não aceitando a entrega do poder,
Júlio César comandou seus subordinados na lendária travessia do rio Rubicão,
que os levaria em direção à Península Itálica. Entre os anos de 49 e 48 a.C.,
ele liderou uma guerra civil que obrigou os senadores romanos e Pompeu a
fugirem de Roma para a Grécia. Determinado a garantir o poder em suas mãos,
perseguiu os senadores romanos. Nesse meio tempo, Pompeu acabou fugindo para o
reino do Egito.
Com auxílio dos ministros
egípcios, Pompeu acabou assassinado. Dessa forma, Júlio César teve condições de
fixar uma nova fase na história política romana. Com o apoio dos soldados e dos
plebeus, acumulou uma série de títulos. Depois de ser consagrado como Pontífice
Máximo, foi elevado à condição de Ditador Perpétuo, passando a ter o direito de
criar novas leis. Não deixando sua vocação militar de lado, conquistou
territórios na Espanha, na África e transformou o Egito em província romana.
Entre outras ações, Júlio César
organizou a realização de várias obras públicas e reorganizou o quadro
financeiro do Estado. Além disso, estendeu o direito de cidadania para outras
regiões dos vastos territórios romanos e admitiu que os gauleses ocupassem
vagas do Senado. Outra importante transformação esteve ligada à modificação do
calendário romano, onde adicionou o mês de julho em sua homenagem e estipulou o
emprego do ano bissexto a cada quatro anos.
Outro conhecido evento da vida de
Júlio César foi o seu envolvimento amoroso com a rainha egípcia Cleópatra.
Durante os seus discursos, muitos senadores romanos manifestavam sua completa
desaprovação a respeito do envolvimento do ditador com uma mulher estrangeira.
Em pouco tempo, a insatisfação dos senadores foi responsável pela organização
de um complô que deu fim ao governo de Júlio César. No ano de 44 a.C., sob o
comando de Brutus e Cássio, um grupo de senadores assassinou o ditador.
Os responsáveis pelo assassinato
de Júlio César não conseguiram chegar ao poder. O general Marco Antônio, fiel
ao antigo ditador, perseguiu cada um daqueles que participaram do golpe
político. Além disso, por influência do estadista e filósofo Cícero, os membros
do Senado decidiram entregar o controle de Roma para Caio Otávio, filho adotivo
de Júlio César.
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-ditadura-julio-cesar.htm
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