REVOLUÇÃO CHINESA
Um marco da expansão do
socialismo na Ásia foi a Revolução Chinesa de 1949, que teve suas origens na
disputa entre dois partidos: o Kuomintang – Partido Nacionalista liderado por
Chiang Kai-shek – e o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao Tsé-Tung. A
disputa entre os partidos chineses antecedia a Segunda Guerra, sendo que o
Kuomintang propunha a manutenção de alianças com forças capitalistas
internacionais, como os Estados Unidos, enquanto o Partido Comunista Chinês
defendia a implantação de um regime socialista no país.
As diferenças ideológicas entre
os chineses vieram à tona principalmente durante o período em que Kaishek
esteve à frente do Kuomintang, que passou a perseguir a ala comunista do país.
Sitiados no sul da China e liderados por Mao Tsé-Tung, os comunistas romperam o
cerco imposto pelos nacionalistas e caminharam mais de 10 000 Km até o norte do
país, com o intuito de mobilizar os camponeses quanto à necessidade de se
realizar uma reforma socialista na China.
A Longa Marcha, como ficou
conhecida a formação das colunas camponesas, contou inicialmente com cerca de
cem mil rebeldes, que, durante a marcha, fortaleceram o vínculo entre si e
ganharam a convicção da possibilidade de realização de uma reforma socialista.
Estima-se, entretanto, que, ao final da marcha, o grupo tenha se reduzido a
trinta mil pessoas. Estas, ainda assim, lutaram pela causa revolucionária e
contribuíram para o fortalecimento da liderança de Mao Tsé-Tung.
A expansão dos comunistas foi
contida temporariamente em 1937, quando, diante da invasão japonesa na China,
os seguidores de Mao Tsé-Tung e o Kuomintang se uniram para lutar contra o
inimigo comum. Ainda assim, os comunistas aproveitaram para se destacar na luta
contra os japoneses e ganhar ainda mais prestígio junto às massas, uma vez que,
em cada região libertada do invasor japonês, os comunistas promoviam uma
reforma agrária.
Tal posição fez com que, ao final
da Segunda Guerra, mesmo com o recomeço dos conflitos entre o Kuomintang e o
Partido Comunista Chinês, uma grande parcela da população apoiasse a causa de
Mao Tsé-Tung, visto como o verdadeiro libertador da China. Respaldado,
portanto, por grande parte dos chineses, o líder dos comunistas entrou triunfante
em Pequim, em janeiro de 1949, consolidando a vitória da Revolução Chinesa.
Naquele ano, Mao proclamou a República Popular da China, que passaria por
intensas reformas socialistas, enquanto Chiang Kai-shek fugiu para a Ilha de
Formosa, atualmente conhecida como Taiwan.
Comentários
Postar um comentário