GUERRA FRIA: EXPANSÃO DO BLOCO
SOCIALISTA
Apesar da existência de partidos
socialistas em todo o mundo e das tentativas de implantação do regime em muitos
países – o que ameaçava o sistema capitalista –, o socialismo assumiu formas
variadas nos lugares onde vigorou. Uma das primeiras e mais bem-sucedidas
experiências da extrema-esquerda ocorreu na Rússia em 1917, quando, após uma
revolução, os Bolcheviques, liderados por Lênin, tomaram o poder e promoveram
reformas socializantes no país. Após a morte de Lênin, Stálin venceu a disputa
sucessória travada contra Trotsky e, assim, tornou-se líder da URSS. Stálin
defendia o isolacionismo soviético, acreditando que inicialmente o socialismo
deveria se fortalecer na URSS para depois ser levado a outras partes do mundo.
Após a campanha vitoriosa da URSS
na Segunda Guerra Mundial e diante do fortalecimento dos Estados Unidos no
cenário internacional, no entanto, Stálin percebeu que era o momento de mudar
os rumos da política internacional e passou a adotar uma postura mais
imperialista e expansionista. Para viabilizar a expansão socialista, em 1945,
os soviéticos criaram o Kominform, órgão responsável por coordenar, treinar e
financiar os partidos socialistas espalhados pelo mundo. Fortalecidos,
portanto, os soviéticos explodiram a sua primeira bomba atômica em 1949, fato
que ameaçava os Estados Unidos e ao mesmo tempo dava mais força à expansão do
socialismo sob os auspícios de Moscou.
Não é possível entender o final
da Segunda Guerra Mundial sem levar em conta a participação da União Soviética,
que, se entre 1941 e 1943 esteve ocupada pela Alemanha, a partir da Batalha de
Stalingrado, não só expulsou os nazistas dos seus domínios como também
contribuiu amplamente para o fracasso alemão. Os soviéticos foram os primeiros
a chegar a Berlim, tendo passado antes pelo Leste Europeu, que estava sob o
domínio da Alemanha. A partir de então, a região, arrasada e subjugada pelos
nazistas, passou a ver o Exército Vermelho como o grande libertador, fato que
favoreceu a implantação de governos pró-socialistas, orientados por Moscou, no
Leste Europeu.
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