AFEGANISTÃO

AFEGANISTÃO

O Afeganistão é um país da Ásia central. Tem 27.933.000 habitantes (estimativa de 2014) e área de 652.864 km2. Sua capital é Cabul.

O Afeganistão faz fronteira com o Irã, o Paquistão, o Turcomenistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão. O rio Amu Daria forma parte da fronteira do norte do país. Uma faixa estreita de terra, chamada Vakhan, ou Corredor de Vakhan, conecta o Afeganistão com a China.

O relevo do país é bastante acidentado, ou seja, com muitas montanhas. A principal cordilheira é o Hindu Kush, no nordeste do país. Ao norte das montanhas do centro ficam as planícies férteis. Os desertos, como o Rigestão, de areia, encontram-se no sudoeste. O Afeganistão geralmente tem clima seco, com invernos frios e verões quentes.

O sul do país tem pouca vegetação. No norte, crescem árvores como o cedro, o carvalho, a aveleira e o freixo. As montanhas têm florestas de pinheiros e de abetos.

Os habitantes do Afeganistão, chamados de afegãos, provêm de uma mistura de vários grupos étnicos. Os pashtos constituem cerca de metade da população. Em seguida vêm os tadjiques, que respondem por um quinto dos habitantes. Entre outros grupos étnicos, destacam-se os hazaras, os uzbeques, os chahar aimaks e os turcomenos. As duas línguas oficiais são o pashto e o dari (ou persa), mas outras línguas também são faladas no país. Quase todos os afegãos são muçulmanos.

Cabul é a maior cidade do Afeganistão, mas a maioria dos afegãos mora nas áreas rurais. Os agricultores vivem em aldeias à margem dos rios. Os nômades moram em tendas e habitam uma região diferente em cada época. Algumas poucas pessoas vivem nas montanhas ou nos desertos.

O Afeganistão é um dos países mais pobres do mundo. A maioria dos habitantes tem pequenas plantações e cria animais apenas para consumo próprio. Os principais alimentos plantados são trigo, arroz, uvas, cevada e milho. Na criação de animais, destacam-se os gados bovino, caprino e ovino. Alguns agricultores têm plantações de papoulas, que dão origem a drogas ilegais.

A indústria produz alimentos processados e artigos de couro e de pele de animais, além de têxteis. O país tem reservas de gás natural, mas até agora a guerra impediu os afegãos de explorá-las.

Há milhares de anos, grandes rotas comerciais cruzavam o território que hoje constitui o Afeganistão. Os persas e o rei macedônio Alexandre, o Grande governaram o país há mais de 2.300 anos. No século VII a.C., invasores árabes introduziram o islamismo. Em 1219, Gêngis Khan incorporou a região ao Império Mongol. A partir do século XIV, partes do país foram dominadas por povos turcos, pelo Império Mogol e pelos persas.

O líder pashto Ahmad Shah Durrani unificou o Afeganistão em 1747. No século XIX, porém, a Grã-Bretanha invadiu o país. Depois de conquistar a independência em relação aos britânicos em 1919, o Afeganistão voltou a ser uma monarquia. Em 1973, os afegãos destituíram o rei, e os novos líderes implantaram a república, dirigida por um primeiro-ministro.

Em 1978, os comunistas tomaram o poder no Afeganistão, e a União Soviética invadiu o país em dezembro de 1979. Durante quase uma década, rebeldes islâmicos conhecidos como mujahedin lutaram contra os soviéticos. Milhões de afegãos fugiram do país para o Paquistão e o Irã. Por fim, o exército soviético saiu do Afeganistão em 1989.

A partir de então, vários grupos lutaram pelo controle do país. No fim da década de 1990, um grupo chamado Talibã conquistou a maior parte do Afeganistão e passou a governar o país segundo uma versão rígida da lei islâmica.

O Talibã causou preocupações em outros países, ao permitir que terroristas se abrigassem no Afeganistão. Depois que esse grupo se recusou a entregar aos americanos o suspeito de terrorismo Osama bin Laden, os Estados Unidos e seus aliados bombardearam o Afeganistão, em outubro de 2001. Em poucos meses o Talibã deixou o governo e partiu de Cabul. Em 2004, o Afeganistão adotou uma nova Constituição e elegeu um presidente.

Forças aliadas, incluindo tropas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, permaneceram no Afeganistão para ajudar a estabilizar o país e apoiar um governo forte. Apesar de seus esforços, a luta prosseguiu. O Talibã não tinha desaparecido completamente e continuou a lutar contra as forças afegãs, que foram apoiadas pelas tropas aliadas.

 

 

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