MACARTISMO


 MACARTISMO

Em 1945, em meio à consolidação da Guerra Fria, os Estados Unidos buscaram se estruturar e, para isso, criaram o Comitê de Investigação de Atividades Antiamericanas, comandado pelo Senado. Com o objetivo de encontrar os supostos inimigos do Estado, a atuação do Comitê ficou conhecida como “caça às bruxas”. O líder desse órgão era o senador Joseph MacCarthy, responsável pela perseguição de várias pessoas acusadas de serem comunistas ou, simplesmente, simpatizantes. Dois exemplos famosos de vítimas dessa política foram os casos de Charles Chaplin e do casal Rosenberg.

Chaplin, acusado de ser socialista, foi proibido de filmar nos Estados Unidos, tendo de retornar à Europa por causa das perseguições. Já o casal de físicos Ethel e Julius Rosenberg, acusado de vender segredos militares aos soviéticos, foi sentenciado à morte. Apesar de nunca terem sido encontradas provas su cientes para condená-los e da ocorrência de manifestações por todo o mundo, pedindo a anistia dos dois, ambos foram executados na cadeira elétrica.

O macartismo, como também ficou conhecida a perseguição aos inimigos do capitalismo, entrou em declínio quando MacCarthy começou a levantar suspeita sobre membros do alto escalão das Forças Armadas e do governo. Dessa forma, o senador caiu em descrédito e no ostracismo, tendo, anos mais tarde, saído do cenário político estadunidense e se tornado alcoólatra. O macartismo representou um dos momentos mais autoritários da história dos Estados Unidos, país que, desde os seus primórdios coloniais, se autovinculava aos ideais de liberdade.

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