O RENASCIEMENTO E A REVOLUÇÃO NAS
CIÊNCIAS
As transformações provocadas pelo
Renascimento acarretaram o desenvolvimento de várias áreas do conhecimento
humano, sendo que, ao longo dos séculos XVI e XVII, essas transformações deram
forma às ciências modernas. Esse conjunto de mudanças ficou conhecido como
Revolução Científica. A valorização da razão, da experiência e da observação
favoreceu a expansão do conhecimento científico e a alteração de concepções a
respeito do funcionamento da natureza e da vida em sociedade.
A mais importante desmitificação
ocorrida nesse período se relacionou à concepção geocêntrica do Universo. De
acordo com essa teoria, a Terra seria o centro do Universo e os demais astros
girariam ao seu redor. Essa noção foi defendida pela Igreja durante a Idade
Média e baseava-se nas concepções do grego Ptolomeu. Ainda na Idade Moderna,
essa era a posição oficial da Igreja sobre o tema, o que gerou conflitos com
estudiosos da época.
Para Nicolau Copérnico e Galileu
Galilei, contemporâneos do Renascimento, no entanto, a Terra não seria um astro
fixo e, sim, um astro móvel que estaria orbitando em torno do Sol. O
heliocentrismo, forma como é conhecida essa teoria, afrontava um dos principais
dogmas do catolicismo.
Para Galileu, a tradição e a
autoridade dos antigos sábios não eram fontes de conhecimento científico, pois,
de acordo com ele, “o livro da natureza é escrito em caracteres matemáticos”.
Por suas ideias, Galileu foi perseguido pela Igreja, enquanto Giordano Bruno,
por defender a noção de um Universo infinito, foi condenado e morto pela
Inquisição.
Assim como os cosmógrafos, outros
pensadores se destacaram no contexto renascentista. Entre eles, certamente está
René Descartes, que foi um importante filósofo do período e é considerado um
dos pais do racionalismo. É dele a máxima “Penso, logo existo”, assim como a
elaboração da noção de dúvida metódica. Os ingleses John Locke e Francis Bacon
defendiam o empirismo e acreditavam que a experiência e a observação eram
caminhos para a verdade. Já o físico Isaac Newton buscou leis universais para o
funcionamento do universo a partir da observação de fenômenos particulares.
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