A EDUCAÇÃO E AS ELEIÇÕES

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A EDUCAÇÃO E AS ELEIÇÕES 

 Estamos em um ano eleitoral. E agora chegamos ao mês das eleições. Eleições municipais, que são as mais importantes, apesar do senso comum achar que não. É no município que as pessoas vivem, é na cidade que temos a oportunidade de ter contato diretamente com aqueles que nos representam. E é das eleições municipais, que vereadores e prefeitos, mais tarde serão deputados estaduais, federais, senadores, governadores, etc. Infelizmente vivemos um momento politico complicado, com discussões que ultrapassam o dialogo. Pois é no campo do diálogo e das ideias que as discussões politicas devem permanecer. Fora dessa esfera não se trata mais de política e sim de intolerância, violência. As pessoas precisam entender que pensam diferente e a diferença é essencial para o desenvolvimento de qualquer coisa, seja no campo político, cultural e cientifico. Na uniformidade nada se cria ou se transforma, apenas se repete. Nossas diferenças é que nos fazem refletir. Concordar ou não concordar faz parte do processo, assim como aceitar a discordância. O que eu penso hoje, não é exatamente o que eu vou pensar amanhã. E não há problema em mudar de ideia, mudar de opinião, é nas mudanças, nas transformações que está o crescimento individual e coletivo e não nas permanências. Mas o que tem haver a educação formal com as eleições. Tudo. Pessoas mais preparadas, mais informadas, com conhecimento do funcionamento eleitoral, de como as coisas são, da compreensão das ideias que os partidos representam, tendem a escolher melhor os candidatos, ou até não escolher nenhum. A grande maioria dos eleitores não sabe como funciona o sistema eleitoral brasileiro, não sabem por exemplo, que o número absoluto de votos do vereador não garante a sua eleição e sim, a proporcionalidade de votos que a legenda que ele representa conseguiu. Isso também ocorre para deputados estaduais e federais. Para prefeitos, governadores, senadores e presidente é o número de votos que define sua eleição, mas para vereadores e deputados não. Em 2010, Luciana Genro foi a oitava deputada federal mais votada do Rio Grande Sul, mas não foi eleita, pois seu partido não conseguiu o coeficiente. Mesmo sendo a oitava colocada não conseguiu se eleger entre as 31 vagas disponíveis para o nosso estado. Como referido, a maioria dos eleitores não sabe dessa regra. Política se discute na escola sim. Isso não quer dizer como dizem alguns tolos que a escola tem partido e defendem a “escola sem partido”. Discutir política não é discutir partido, é apresentar as ideias políticas existentes em nossa sociedade. O que elas defendem, o que elas propõem, sua visão sobre as questões econômicas, sociais, culturais e ambientais. Como as escolas formarão cidadãos plenos e conscientes, sem que eles conheçam como funciona a política, suas ideias. Como cidadãos poderão escolher corretamente, se não sabem os significados dos “ismos” e o que eles representam. Como uma sociedade sem formação política vai ter condições de construir uma cidade, um país mais justo e menos desigual. Como? Fabrício Colombo de Aguiar.

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