INDEPENDÊNCIA DO MÉXICO
As lutas pela Independência do
México começaram em 1810, tendo sido lideradas pelos padres Hidalgo e Morelos,
que defendiam mudanças sociais favoráveis à população indígena. Observa-se que
essas lutas tinham, em sua origem, um caráter de movimento revolucionário
social. Miguel Hidalgo, por exemplo, decretou que os indígenas não seriam
obrigados a arrendar suas terras e que elas seriam trabalhadas exclusivamente
pelos seus proprietários.
Já José María Morelos apoiou
Hidalgo na supressão da escravidão e foi além: defendia a extinção das
qualificações discriminatórias entre índios, mulatos e negros, condenando
qualquer medida que representasse opressão. O caráter revolucionário do México
assustou não só as elites metropolitanas, mas todos os poderosos da própria
colônia. Assim, esses padres foram assassinados, mas a luta pela Independência
continuou.
As lutas emancipacionistas
chegaram ao seu ápice em 1821, quando o general Iturbide – até então
responsável pela contenção às rebeliões separatistas – proclamou o Plano
Iguala. Apesar de concretizar a Independência mexicana, este plano assegurava
os privilégios da Igreja Católica e a proteção à propriedade, favorecendo,
assim, os grandes proprietários de terras.
A única mudança de fato gerada
pela emancipação foi que as riquezas do país não iriam mais para a Espanha,
permanecendo agora no México, nas mãos da elite econômica, responsável pelo
comando de uma monarquia personificada pelo general Iturbide. O regime
monárquico durou até 1823, quando Iturbide foi forçado a abdicar e a se exilar
na Europa, o que levou à implantação da república no México. Assim, a partir
daquele ano, o Brasil passou a ser a única monarquia no continente americano.
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