A REPÚBLICA
PLATÃO
A República (em grego: Πολιτεία, transl.
Politeía) é um diálogo socrático escrito por Platão, filósofo grego, no século
IV a.C.. Todo o diálogo é narrado, em primeira pessoa, por Sócrates. O diálogo
parte de uma busca acerca de uma definição pelo que consiste a Justiça (de modo
característicos dos seus primeiros diálogos, o que leva Platão a especular
tanto acerca do seu antônimo (a injustiça) como entre os mais diversos temas,
não só éticos, mas também políticos, epistemológicos, metafísicos,
psicológicos, entre outros. Em suma, se destaca no texto as divagações do
filósofo quanto a filosofia ético-política (ainda que não seja sua única e mais
madura obra dedicada ao tema, como exemplo podemos citar seu diálogo da velhice
"Leis"), nesse diálogo Platão discorre acerca características dos
diferentes regimes políticos e a proposta do próprio Platão de uma cidade
ideal, designada como "Kallipólis", que significa "cidade
bela". Platão, para avaliar os regimes, desenvolve um paralelo entre o ser
humano e a cidade, no primeiro o filósofo elenca três faculdades distintas para
alma humana, a saber, apetitiva, irascível e racional, já a segunda o filósofo
divide em três classes essenciais, a dos comerciantes, dos guerreiros – os
guardiães – e dos governantes (os quais Platão elegerá os filósofos), sendo
assim Platão argumenta quanto a uma correspondência entre ambas as instâncias
(a cidade-estado – pólis, para os gregos – é tomada como uma ampliação do ser
humano), e que deve haver uma harmonia entre as diferentes faculdades da alma,
como também entre as diferentes classes da cidade, essa ordenação se dá quando
tanto o indivíduo quanto o estado elegem seus aspectos racionais como
orientador de suas ações. Como consequência dessa harmonia, nasce a saúde na
alma e na pólis, a qual se reflete também na justiça, questão inicial posta no
livro I do diálogo.
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