A CIVILIZAÇÃO PERSA
A Civilização Persa teve seu florescimento por
volta do ano 2000 a.C., na região das atuais planícies iranianas. Esse
florescimento ocorreu conjuntamente a outros povos, os medos. Por volta do ano
550 a.C., Ciro, o Grande, o primeiro rei persa a ter grande destaque,
conquistou o reino da Média e promoveu a unificação dos reinos dos dois povos,
os medos e os persas. Teve início com Ciro o império que durou cerca de
duzentos anos.
Ciro permaneceu mais de vinte anos no poder, tempo
em que promoveu a expansão do Império em direção à Ásia Menor, conquistando a
região da Lídia e marchando em direção às cidades-estado gregas situadas na
atual Turquia. Seus domínios também englobavam boa parte do Oriente Médio, como
a Fenícia e a Síria, que foram por ele anexadas.
Em 539 a.C., Ciro libertou os judeus do cativeiro
da Babilônia, ordenado por Nabucodonosor, permitindo que esse povo regressasse
à sua terra de origem. Foi ainda com Ciro que começou um dos aspectos mais
acentuados dos governantes persas: uma espécie de “política ecumênica” e
tolerante que se caracterizava pelo respeito às culturas dos povos
conquistados, sem imposição de crenças ou de hábitos.
O sucessor de Ciro foi seu filho Cambises, que
governou de 529 a 522 a.C. Como Cambises morreu sem deixar herdeiros, Dario I,
com o apoio de nobres persas, passou a ocupar o trono imperial após debelar uma
tentativa de usurpação. Dario foi um dos mais poderosos imperadores da
antiguidade. Durante seu reinado, o império Persa passou por um esplendor ainda
maior do que na época de Ciro, sobretudo em razão das grandes construções de
engenharia, entre elas, as estradas que ligavam as principais cidades do
império, como Pasárgada, Susa e Persépolis.
A forma de administração dos persas tinha com
característica principal as satrapias, que consistiam em províncias, em
organismos locais, cujos governadores, chamados sátrapas, eram responsáveis por
cuidar da região segundo as orientações do rei. Para que as satrapias se
mantivessem fiéis ao poder central, havia funcionários de confiança do
imperador, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”, que eram encarregados de
fiscalizar os sátrapas.
Além disso, os persas, sob o governo de Dario I,
desenvolveram um sofisticado sistema de impostos unificado, que abrangia todas
as satrapias, cujo controle era feito a partir da moeda criada por esse
monarca, o dárico.
A história da civilização persa também esteve
intimamente associada à das cidades-estado gregas. Foram contra os persas que
os gregos travaram as famosas Guerras Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas (que
remetem aos povos medos, como os persas eram conhecidos pelos gregos). Desde
Dario I, passando por Xerxes, até Dario III (o último rei persa), que persas e
gregos enfrentavam-se. Sempre foi um desejo persa conquistar a região da Hélade
(como era conhecida a Grécia Antiga). A batalha de Salamina, ocorrida em 480 a.C.,
foi a mais importante daquelas travadas entre gregos e persas, haja vista que a
marinha ateniense, liderada por Temístocles, conseguiu o grande feito de deter
o avanço do poderoso exército de Xerxes.
O último grande imperador persa, Dario III, teve
também a mesma pretensão de seus antecessores. Porém, a civilização persa foi
submetida ao maior império da Antiguidade antes do Império Romano: o império
que foi fundado pelo herdeiro da cultura grega, Alexandre da Macedônia, também
conhecido como Alexandre, O Grande, que derrotou Dario III e estendeu os
domínios de seu império sobre toda a região do antigo império Persa.
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