THOMAS HOBBES E O ABSOLUTISMO


THOMAS  HOBBES E O ABSOLUTISMO
O autor inglês produziu sua obra mais importante, Leviatã, em que argumenta a respeito da necessidade de se estabelecer um poder forte para que a ordem e a paz sejam garantidas.
Sua teoria se baseia na noção de contrato, que posteriormente também seria utilizada por pensadores como John Locke e Jean-Jacques Rousseau. De acordo com essa concepção, ao firmarem um contrato, os homens aceitam sair de um estado pré-social, em que vivem isoladamente, o estado de natureza. Se, para Locke, essa teoria foi utilizada como justificativa para o Estado Liberal e, para Rousseau, como justificativa para uma organização democrática, para Thomas Hobbes, a teoria do contrato serviu para justificar um poder forte e centralizado.
Segundo Hobbes, no estado de natureza, que não é situado em nenhum momento histórico específico, existiria o conflito constante. Nesse estágio, quando não há nenhum poder superior que controle os indivíduos, a busca pela satisfação dos desejos os leva a lutarem entre si. A vida é insegura e reina o medo entre os homens, principalmente o medo da morte violenta.
O que se observa no estado de natureza é a guerra de todos contra todos e a possibilidade de aniquilamento mútuo. Para Hobbes, nesse caso, o homem seria o lobo do homem. Para sair dessa situação e evitar uma morte violenta, os homens devem fazer um pacto, o contrato social através do qual aceitem perder parte do poder e da liberdade dos quais desfrutam no estado de natureza para uma entidade maior. Dessa forma, o Estado e o soberano surgem como essa força constituída para garantir a ordem e impedir a destruição. O Leviatã, monstro de origem bíblica, simboliza essa forma de organização.
Para Hobbes, apenas o Estado forte e o poder centralizado poderiam garantir a vida em sociedade. Ao abrir mão d e p a r t e d e s u a liberdade, transferindo-a a um poder maior, os homens afastavam o medo e a possibilidade da morte violenta.

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