REVOLUÇÃO FRANCESA: A MONARQUIA CONSTITUCIONAL


REVOLUÇÃO FRANCESA: A MONARQUIA CONSTITUCIONAL
O início da monarquia constitucional foi extremamente conturbado, pois, enquanto os deputados se dividiam na Assembleia Legislativa, a França vivia uma situação tensa. Internamente, a crise econômica se agravara, a moeda vinha se desvalorizando e perturbações tomavam conta do país.
Ao mesmo tempo, o rei e parte da nobreza emigrada tramavam com a Áustria e com a Prússia a reação contra os revolucionários, assim como parte das nações europeias, que assistiam com temor aos eventos ocorridos em território francês e desejavam conter o movimento antes que este se expandisse pelo restante do continente. Mesmo contra a sua vontade, Luís XVI, pressionado pela Assembleia, foi obrigado a declarar guerra aos estrangeiros inimigos da Revolução em abril de 1792.
Em virtude das suas diferentes orientações políticas e mesmo das realidades sociais, os rebeldes que compunham a Assembleia se dividiram em dois grupos:
• Girondinos: grupo de deputados liderado por representantes da região da Gironda e ligado à alta burguesia e à nobreza liberal. Os girondinos eram partidários da Revolução, mas com posições bem mais moderadas do que os jacobinos, especialmente quanto ao papel das massas populares no movimento revolucionário. Na Assembleia, posicionavam-se à direita.
• Jacobinos ou Montanha: clube político fundado em 1789, reunindo os “patriotas” da burguesia. Vinculados aos sans-culottes, desejavam a radicalização do movimento e a ampliação das conquistas sociais da Revolução. Na Assembleia, sentavam-se à esquerda.
A divisão da burguesia, as ameaças estrangeiras e as tentativas de conspiração por parte do rei provocaram o aumento das manifestações populares. Políticos, como o advogado Robespierre, divulgaram que o rei e a rainha, Maria Antonieta, estariam fornecendo informações às nações em guerra contra a França.
Após a Assembleia ter declarado a França como pátria em perigo, uma multidão, composta em sua maioria de sans-culottes, invadiu o palácio das Tulherias, em 10 de agosto de 1792. O rei, refugiado na Assembleia, foi suspenso das suas funções. A pressão popular acabou levando à proclamação da República, a Primeira República Francesa.

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