O SISTEMA POLÍTICO-ADMINISTRATIVO
NA AMÉRICA INGLESA
Diferentemente das colônias
ibéricas, controladas de modo efetivo pelo poder metropolitano, as colônias
inglesas apresentavam um quadro de relativa liberdade administrativa, comumente
conhecida como self-government. A possibilidade de escolha dos governantes
locais, por meio de assembleias compostas de grandes proprietários e de
comerciantes, criou um espírito autônomo que foi tolerado pelo governo
britânico por mais de um século.
Era a chamada negligência
salutar, tão benéfica aos setores coloniais e absolutamente distante das
pretensões mercantilistas da metrópole. Uma série de fatores justifica essa
peculiaridade existente nas colônias inglesas, destacando-se o constante quadro
de instabilidade política que vigorou na Inglaterra no século XVII, período das
Revoluções Puritana e Gloriosa, o que impediu maior fiscalização das áreas
coloniais.
A existência de leis responsáveis
por regular a vida colonial e por restringir a liberdade de comércio pode ser
compreendida como um indício de que a metrópole não pretendia desenvolver
colônias autônomas. Esse aspecto ca evidente a partir da segunda metade do
século XVIII, quando o governo britânico reafirma, por meio de novas regras, o
projeto de exploração colonial.
A emancipação das Treze Colônias
em 1776 pode ser entendida como uma resposta dos colonos ingleses ao esforço
infrutífero de controlar tais regiões, que desde sua origem usufruíram de plena
liberdade.
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