HISTÓRIA DO TEATRO


HISTÓRIA DO TEATRO
O primeiro teatro apareceu na Grécia Antiga, por volta de IV a.C., e era apresentado em uma arena com várias funções, sendo a principal a de servir de lugar para as festividades dedicadas a Dionísio, deus do vinho. Foi na Grécia Antiga que surgiu a tragédia, gênero cujos temas eram as leis, o destino e a justiça. As tragédias geralmente terminavam com a morte do herói.
Os autores que se destacaram neste período foram: Ésquilo (525-456 a.C.), que contava histórias sobre mitos e deuses, Sófocles (496-406 a.C.), cujas peças tinham como foco figuras reais e Aristófanes (445- 386 a.C.), o autor mais ilustre de comédias que também surgiu na Grécia com o intuito de fazer rir o espectador. As peças, chamadas sátiras, proporcionavam maneiras engraçadas de perceber a vida.
Teatro Medieval
Na Idade Média, o teatro foi utilizado pela Igreja Católica como forma de difundir a religião. Nessa época, surgiram também os saltimbancos, um tipo de teatro ambulante muito popular. As trupes (grupos de atores) utilizavam as carroças como moradias e como palco, apresentando-se nas ruas, praças e castelos dos lugares por onde passavam. O circo derivou desse tipo de espetáculo.
Teatro renascentista
No Renascimento, surgiu a commedia dell’arte, com apresentações engraçadas em que os atores improvisavam seus diálogos, não decoravam falas, mas sabiam o que iria se passar na história. Os atores eram um misto de cantores, acrobatas, comediantes, mímicos e dançarinos, e sempre faziam uso de máscaras. Os tipos mais conhecidos que representavam eram: Colombina, Arlequim, Polichinelo, Pierrô e Pantaleão.
Em 1564, nascia William Shakespeare, na Inglaterra. Foi, primeiramente, ator, passando, depois, a escrever peças de teatro. Suas histórias, repletas de drama e humor, ficaram conhecidas mundialmente e são encenadas até os dias de hoje: Hamlet, Rei Lear e Romeu e Julieta.

Na França, temos como destaque Molière, que escreveu comédias explorando e expondo as fraquezas e as peculiaridades do ridículo do ser humano. Algumas de suas peças famosas são: Escola de mulheres, Tartufo, O avarento e Don Juan.
Teatro moderno
Nos séculos XVIII e XIX, a burguesia teve sua ascensão. O teatro acabou sofrendo influências desse período, em que o drama prevalecia, e a comédia se desenvolveu. O foco teatral tornou-se mais pessoal, individual, e as histórias falavam sobre a emoção, surgindo daí o melodrama. As representações ficaram mais próximas da realidade, apresentando pessoas comuns e seu cotidiano. O teatro naturalista abriu as portas para o teatro do século XX, que o utilizou como ferramenta de discussão e crítica da sociedade.
Bertold Brecht (1898-1956), de nacionalidade alemã, foi um dos autores mais importantes do século XX. Seu teatro tinha grande dimensão pedagógica, caracterizada por um cunho descritivo e narrativo, apresentando acontecimentos sociais que tinham a intenção de entreter e ao mesmo tempo fazer refletir. Seu interesse não era só explicar o mundo e sim modificá-lo. Suas principais obras foram: Na selva das cidades, Ópera dos três vinténs, A mãe, Homem por homem, A vida de Galileu e Mãe coragem e seus filhos.
Do outro lado do mundo, os orientais inventaram sua própria maneira de fazer teatro. Os japoneses criaram o cabúqui e o nô (do qual as mulheres não participam), existentes até os dias de hoje. Temos como elemento principal dessas formas de teatro a natureza. As histórias falam sobre o fogo, a água, o ar, o trovão, animais existentes ou fantasiosos. Todas as roupas são repletas de detalhes; as máscaras são bem confeccionadas, e a maquiagem tem destaque. Como as histórias são eternas, alguns atores contemporâneos também as representam, conservando, assim, uma tradição de mais de mil anos.
Atualmente temos várias modalidades de teatro, assim como espaços alternativos. Quando o cinema apareceu, cerca de cem anos atrás, muitos disseram que isso seria o fim do teatro, porém estavam errados, pois o teatro possui seu espaço garantido, assim como as outras expressões artísticas.


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