HISTÓRIA DO JORNAL
O primeiro jornal que se tem notícia surgiu em Roma em 59 A.C e se
chamava Acta Diurna. Ele nasceu do desejo de Júlio César de informar o público
sobre os acontecimentos sociais e políticos e divulgar eventos programados para
cidades próximas. O jornal era escrito em grandes placas brancas e expostas em
locais públicos onde transitavam muitas pessoas. As Acta informavam os cidadãos
sobre escândalos no governo, campanhas militares, julgamentos e execuções.
Em 1447, a prensa, inventada por Johann Gutemberg inaugurou a era do
jornal moderno e permitiu o livre intercâmbio de ideias e cultura, disseminando
o conhecimento. Durante essa época, a classe média em ascensão, que
correspondiam aos comerciantes, era abastecida de informações sobre o mercado
por boletins informativos, que muitas vezes tinham um teor sensacionalista.
Foi só na primeira metade do século XVII que os jornais começaram a
surgir como publicações periódicas. Os primeiros jornais modernos nasceram em
países da Europa Ocidental como Alemanha, França, Bélgica e Inglaterra. A maior
de parte de suas publicações traziam notícias da Europa e raramente incluíam
informações da América ou Ásia. Os jornais ingleses costumavam relatar derrotas
sofridas pela França e os franceses relatarem os escândalos da família real
inglesa.
Os assuntos locais começaram a ser priorizados na segunda metade do
século XVII, mas ainda eram controladas para que os jornais não abordassem nada
que incitasse o povo a uma atitude de oposição ao governo dominante. Ainda
assim, alguns jornais conseguiram alguns feitos como as manchetes de jornais
que noticiaram a decapitação de Charles I ao fim da Guerra Civil Inglesa,
apesar de Oliver Cromwell ter tentado apreender os jornais na véspera da
execução. A primeira lei para proteger a liberdade de imprensa surgiu em 1766
na Suécia.
A invenção do telégrafo, sistema concebido para transmitir mensagens
de um ponto para outro em grandes distâncias, em 1844, transformou a imprensa
escrita, pois permitiu que as informações fossem passadas rapidamente,
possibilitando relatos mais novos e relevantes. A partir daí, os jornais
emergiram no mundo inteiro.
No início do século XIX, os jornais se tornaram, definitivamente, o
principal veículo de divulgação e recebimento de informações. O período entre
1890 a 1920 ficou conhecido como “anos dourados” da mídia com a construção de
verdadeiros impérios editoriais. Além de informarem, os jornais também ajudaram
na divulgação de propaganda revolucionária como o texto “O Iskra” ( A Centelha )
publicado por Lênin em 1900.
No anos 20, a invenção do rádio causou alvoroço nos jornais. Os
editores, como resposta, renovaram os formatos e conteúdos de seus jornais para
torná-los mais atraentes, com maior volume de textos e cobertura mais amplas e
profundas.
Depois, foi a televisão, que parecia acabar com a soberania do jornal.
Entre 1940 e 1990, a circulação de jornais diminuiu. Apesar da queda, a
televisão não tornou o jornal obsoleto. A atual revolução tecnológica também
gera novos desafios para mídia impressa, pela rápida difusão e instantaneidade
da informação onde uma pessoa conectada pode produzir e consumir informações
das mais diversas fontes.
Apesar da evolução dos meios digitais, o jornal impresso ainda é um
veículo popular e poderoso no relato de notícias e fatos da realidade. Grandes
jornais continuam crescendo mesmo com a portabilidade, a maioria deles têm,
inclusive, versões online, que atraem o novo leitor pela credibilidade que
alcançou com a versão impressa. Além disso, há ainda muitas pessoas que não
abrem mão de ter o contato físico com jornal e se recusam a se adaptar aos
novos meios.
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