QUASE TUDO IGUAL
Estive recentemente
em Brasília, capital do nosso país. E por lá tive a oportunidade de conversar
com alguns professores sobre a situação da educação. Tirando as questões
salariais em que os professores do Distrito Federal estão bem a frente do
professorado gaúcho, que aliás é um dos piores do Brasil, senão o pior.
Constatei que os problemas estruturais da educação são muito parecidos.
O Distrito Federal
aparece na frente do Rio Grande do Sul segundo o IDEB 2017. O DF tem média 6.0
e o RS 5.4. As estruturas da escolas também são melhores lá do que aqui. Mas no
que circunda na questão principal da educação que é o investimento em recursos
humanos, as coisas se equivalem, com a falta de profissionais tanto para a sala
de aula como para os setores pedagógicos importantes para uma escola, como
laboratórios de ciências, informática, biblioteca e recursos adequados para as
chamadas salas de recursos que atende alunos com necessidades específicas.
Não adianta os
governantes pregarem discursos de valorização na educação se na prática retiram
profissionais desses setores para fazerem economia com a folha de pagamento,
quando essa economia deveria ser feita com outras folhas de pagamento, como com
os altos salários dos cargos de confianças dos poderes Legislativo e Executivo.
Mas não, preferem alijar as escolas desses setores, fundamentais para o
processo de aprendizagem dos alunos.
Uma diferença
pequena, mas importante é que no Distrito Federal a maioria dos professores
contratados não tem sua carga horária picada em duas e três escolas como ocorre
aqui. É notório que a qualidade da aula de um professor que trabalha em três
escolas, até mesmo quatro escolas não é o ideal. Afinal, ele passa mais tempo
se locomovendo de uma escola a outra do que dentro da sala de aula e, quase
nunca consegue participar de reuniões de planejamentos.
O que se conclui
dessa pequena comparação é que infelizmente não se investe realmente em
educação. O mais importante para um bom andamento educacional são políticas educacionais
(e não políticas de governo de quatro em quatro anos) de valorização dos
professores, dos recursos pedagógicos e, principalmente de recursos humanos.
São professores, funcionários e alunos em um ambiente saudável dentro da escola
que vai fazer a educação do país caminhar e melhorar. (FCA)
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