A ORIGEM DOS EGIPCIOS


A ORIGEM DOS EGÍPCIOS
                “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Essa frase é do historiador grego Herótodo (485 a.C. – 420 a.C.) que lembra a importância do rio Nilo na formação do povo egípcio. Suas águas que atravessam a região transbordam todos os anos deixando as margens férteis, por causa do húmus, ficando prontas para o plantio. Foi esse processo que permitiu o desenvolvimento da civilização egípcia.
                Estudos da arqueologia indicam que a região do rio Nilo era habitada por grupos humanos desde aproximadamente 5.000 a.C. A paisagem era bem diferente do que é hoje. Regiões que hoje são desérticas eram verdes. Em torno das margem do Nilo, grupos neolíticos passaram a cultivar grãos, criar gado e a organizar as primeiras comunidades agrícolas chamadas de nomos. Essas aldeias eram independentes uma da outra. Com o desenvolvimento dos nomos e o crescimento da população foi necessário aumentar a produção de alimentos. As comunidades descobriram com a irrigação que era possível cultivar áreas de terras além das margens dos rios.
                Com o aumento da produção de alimentos, começou a ocorrer excedentes (sobra), ou seja, a produção era maior que o consumo. Surgiu, então, a necessidade de controlar os estoques, as trocas de mercadorias, supervisionar a construção de diques e fortificações e administrar os serviços comuns a todos. Para solucionar esse problema, centralizou-se a função na figura do monarca (líder do nomo) que passou a chefiar a comunidade.
                Por volta de 3.500 a.C., os nomos do Norte que ocupavam a região do delta do Nilo se uniram e formara o Reino do Baixo Egito. O mesmo ocorreu com os nomos que ocupavam o Sul, formando o Reino do Alto Egito. Esses dois reinos são um dos mais antigos que se tem registro. Por volta de 3.200 a.C., o monarca do Alto Egito, provavelmente chamado Narmer, uniu os dois reinos, unificando o Egito em um só.
                Nessa época, o rei passou a ser chamado de faraó, que tinha a função de manter a unidade do Egito e a ordem. Assim, se desenvolveu um Estado forte e centralizado na figura do faraó, e os monarcas dos nomos passaram a ser os representantes locais do faraó, surgindo uma elite burocratizada, aqueles que administravam o Estado, o governo.
                Para fortalecer o poder do faraó junto a população, ele passou a ser visto como um deus vivo na Terra. Dessa forma, estabeleceu-se no Egito Antigo um Estado teocrático (governo de Deus) no qual o faraó possuía o poder político e religiosos (sendo um deus, não poderia ser questionado).



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