A DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA


A DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

Da mesma forma que aconteceu com a Ásia e a América do Sul e Central, a África também foi uma terra colonizada pelos europeus, tornando-se também uma colônia de exploração, que tinha como objetivo enriquecer ainda mais os seus colonizadores. No ano de 1885, quando aconteceu a Conferência de Berlim, na Alemanha, os países participantes: Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha, fizeram as divisões do continente africano, para que pudessem assim fazer as devidas explorações.
Quando aconteceu a segunda Revolução industrial, na metade do século XIX, havia uma grande necessidade de mercado, além de que as colônias americanas haviam conseguido suas independências. Isso forçou a Europa a voltar novamente às colônias da África e da Ásia e impor o seu sistema de neocolonialismo.
A partir de então, os países que eram potências na Europa iniciaram uma disputa pelos territórios africanos, o que resultou na Primeira Guerra Mundial. Com isso, a Europa saiu enfraquecida, e perdeu sua hegemonia para os Estados Unidos, que passava a ser a maior potência global. O fim desta guerra provocou grande crise no continente europeu, o que ficou ainda mais acentuado pela crise de 1929, que teve uma grande repercussão nas áreas de colônias. Isso trouxe greves e revoltas. Os colonos viviam de maneira precária e já começavam a se mobilizar para dar um basta naquela situação. Começou a nascer um sentimento de liberdade, nacionalista, que a partir de então tinha como objetivo a independência de suas terras.
Com o passar dos anos, esse sentimento de libertação foi ficando ainda mais intenso, mas foi apenas com o fim da Segunda Guerra Mundial que esse sonho começava a dar sinais de que se tornaria realidade. Com o término deste conflito a Europa se viu em um crescente declínio, debilitada tanto política quanto economicamente. As colônias aproveitaram este enfraquecimento para fazer renascer novos movimentos pela independência em todas as partes do continente.
Com o aumento cada vez maior desses processos, durante a década de 1960 muitos países europeus concederam de maneira pacífica a independência a diversas colônias. Porém, outra parte só foi possível depois de prolongados confrontos entre os nativos e seus colonizadores.
As nações europeias ficaram responsáveis por dividir o território africano, porém, eles não faziam nenhuma consideração entre as divergências existentes entre os nativos. As colônias foram transformadas em autônomas, mas, com a partilha feita de maneira errônea, muitas tribos que eram inimigas, por exemplo, acabaram ficando juntas, enquanto outras foram separadas.
Essa descolonização trouxe aspectos negativos. Além da instabilidade política aconteceram diversos conflitos entre os grupos étnicos rivais. Mesmo com essa independência proclamada, ainda continuaram ocorrendo diversas repressões aos grupos minoritários. Assim como acontecia no período colonial, aqueles que possuíam maior poder continuavam a maltratar e humilhar os mais fracos.
Essa divisão resultou em um continente fragmentado em 53 países independentes. E a má divisão dessas terras resulta em conflitos entre as tribos até os dias de hoje, o que impede o crescimento e a estabilidade política e econômica da região.
A independência do continente asiático se deu por duas causas: o enfraquecimento das nações europeias após a Segunda Guerra Mundial e a eclosão de movimentos de luta pela independência.
O processo de descolonização asiático contou com o apoio norte-americano e soviético. Isso é explicado pelo fato de que naquele momento desenrolava-se a Guerra Fria. Desse modo, ambos desejavam expandir suas áreas de influência do capitalismo e do socialismo, respectivamente, isso nos países que iriam emergir com a independência.
A descolonização asiática sucedeu quase que simultaneamente com a Segunda Guerra Mundial. Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar: Índia, Paquistão, Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos.
A China promoveu a revolução socialista, em consequência disso pôs fim na dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território. Em 1945, a Coreia deixou de se submeter aos domínios japoneses. Essa ex-colônia japonesa se dividiu em 1948, formando dois países: Coreia do Norte e Coreia do Sul.
O Camboja tornou-se independente da França em 1953. A Malásia e Cingapura conseguiram se libertar da colonização inglesa entre os anos de 1957 e 1965.
As colônias onde hoje se encontra o Oriente Médio se submeteram aos domínios europeus por muito tempo. Países como Líbano e Síria tiveram suas independências oficializadas em 1943 e 1946, respectivamente.
O restante dos países que integram o Oriente Médio obteve a independência somente após a Segunda Guerra Mundial. Com exceção do Irã, que teoricamente nunca foi colônia de nenhuma metrópole europeia.
Em razão de muitos anos de intensa exploração por parte das metrópoles europeias, as colônias se tornaram independentes, no entanto herdaram muitos problemas de caráter socioeconômico, os quais são percebidos até os dias atuais.

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