REPÚBLICA
DA ESPADA:
As Questões Políticas: Centralismo
x Descentralização
Apesar de
implantada a República da Espada, surgiram às disputas entre qual seria o
melhor modelo republicano a ser instaurado. Pelo lado dos militares, a
ideia de um regime republicano centralizador era defendida. Mas as oligarquias
rurais e os grandes cafeicultores paulistas se opuseram à ideia dos
militares, pregavam a implantação de um regime republicano voltado aos
estados, assim, não poderiam ser controlados economicamente e nem ter sua
administração ameaçada. Queriam com esta proposta aumentar o poder de veto e
ampliar seus interesses. Devido a essas divergências, Deodoro da Fonseca,
descontente, acaba por renunciar.
Em
23 de novembro de 1891, a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca transformou Floriano
Peixoto no segundo presidente do regime republicano. Nessa época, as
conturbações entre o poder legislativo e executivo e a crise econômica deixaram
o cenário político bastante delicado. Dessa forma, Floriano assumiu o governo
brasileiro interessado em contornar os problemas correntes e fortalecer a
vigência da República no Brasil.
Inaugurando ações de cunho paternalista,
que ainda marcam nossa cultura política, o novo presidente mandou construir
casas, emitiu isenção sobre os impostos cobrados nos alimentos e reduziu o
preço dos alugueis. Por meio dessas medidas popularescas, Floriano
Peixoto construiu uma imagem de bom governante. Contudo, essas ações eram
seguidas por arroubos autoritários que determinavam uma relação política de
lealdade sustentada pela troca de favores.
Apesar
disso, alguns membros de elites locais e integrantes da Marinha capitaneavam um
intenso movimento de oposição ao seu governo. Alegando que novas eleições
deveriam ser realizadas com a prematura saída de Deodoro da Fonseca, esses
críticos organizaram duas revoltas que agitaram o cenário da época: a Revolução
Federalista, na região sul do país, e a Revolta da Aramada, que
exigia a imediata deposição de Floriano Peixoto.
Para contornar a eclosão desses
levantes, Floriano Peixoto não poupou esforços para que a situação fosse
eficazmente superada. Por conta da extrema violência utilizada, Floriano acabou
sendo conhecido como o “Marechal de Ferro”. Com o expresso apoio de influentes
setores da oligarquia paulista, o presidente Floriano Peixoto organizou o
processo eleitoral que daria a vitória a Prudente de Morais. Pela primeira vez,
um civil viria a assumir a República Brasileira.
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